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Crónica: 'Muralha' Livakovic apura Croácia e acaba com sonho brasileiro

O Brasil, recordista de títulos, despediu-se hoje o Mundial do Qatar, ao cair nos penáltis (4-2) frente à Croácia, num encontro dos quartos de final em que o guarda-redes Livakovic voltou a ser ‘gigante’.

Crónica: 'Muralha' Livakovic apura Croácia e acaba com sonho brasileiro

Em Doha, muito por culpa do guardião croata, o encontro terminou a zero no tempo regulamentar, mas Neymar fez história e colocou a ‘canarinha’ na frente aos 105+1 minutos, com Petkovic, aos 117, a levar a decisão para as grandes penalidades, já como tinha acontecido com a seleção dos Balcãs nos oitavos de final com o Japão.

A Croácia teve 100% de eficácia nessa fase, enquanto Rodrygo permitiu a defesa de Livakovic e Marquinhos acertou no poste, no lance que pôs fim ao sonho do hexacampeonato.

O Brasil, mesmo sem deslumbrar, protagonizou as melhores oportunidades da partida, mas esbarrou numa ‘muralha’ chamada Livakovic, que foi mantendo a Croácia ‘viva’ na eliminatória.

Os atuais vice-campeões foram totalmente inofensivos durante quase toda a partida e, só por uma vez, fizeram um remate em direção da baliza, precisamente no golo de Petkovic, numa altura em que tudo apontava que seria o Brasil, justamente, a seguir em frente.

Na baliza ‘canarinha’, Alisson foi praticamente um espetador durante os 120 minutos, enquanto, do outro lado, Livakovic protagonizou um festival de boas defesas, sobretudo durante a segunda parte, altura em que a seleção de Tite ‘abriu o livro’.

Já depois de ganhar o estatuto de herói croata com o Japão, o guarda-redes de 27 anos voltou a ser a figura da partida e tornou-se no principal candidato ao título de melhor guarda-redes do torneio, mesmo que a Croácia fique pelas meias-finais.

Livakovic só acabou batido no prolongamento, num lance em que Neymar igualou os 77 golos do ‘rei’ Pelé pela seleção brasileira.

Após a surpresa de 2018, na Rússia, em que chegaram à final, os croatas voltam a estar no grupo das quatro melhores equipas do mundo, algo que acontece pela terceira vez, embora em 1998, em França, tenham caído nas meias-finais.

Por seu lado, o Brasil, principal candidato à vitória no Qatar, volta a ficar pelo caminho e desde 2002, ano em que foi campeão mundial, não consegue vencer uma seleção europeia na fase a eliminar da prova.

A Croácia fica agora à espera do vencedor do embate entre a Argentina e os Países Baixos, que se defrontam ainda hoje, para conhecer os adversários das ‘meias’.

Após uma primeira parte algo enfadonha, numa fase em que tanto Croácia como Brasil atuaram com demasiada precaução, o jogo ganhou emoção na segunda parte, sobretudo por culpa dos sul-americanos, que regressam do intervalo com mais ritmo e mais ambição.

Logo aos 47 minutos, Livakovic impediu um autogolo de Gvardiol e, pouco depois, negou Neymar.

A Croácia, com Modric a chefiar a construção de jogo, tentou sempre acalmar a partida, mostrando-se mais interessada em ter bola, sobretudo nas zonas mais recuadas, do que realmente chegar perto da área brasileira.

E, nesta altura, bem pode agradecer a Livakovic. O guardião, que dificilmente continuará no campeonato croata e no Dinamo Zagreb, foi somando grandes defesas frente a Paqueta (66 e 80 minutos) e Neymar outra vez (76).

O tempo regulamentar acabou com um nulo, mas nesta altura o Brasil já tinha feito mais do que suficiente para garantir um lugar na próxima fase.

No prolongamento, a equipa de Tite continuou por cima da Croácia, que claramente estava mais interessa em levar a decisão para os penáltis.

Aos 105+1 Neymar, finalmente, quebrou o 0-0, num lance em que fintou Livakovic, após ‘tabelinha’ com Paqueta, e o Brasil estava de repente lançado para as meias-finais.

Como seria de esperar, já que não tinha outra hipótese, a Croácia arriscou colocando várias figuras ofensivas (Majer, Orsic e Budimir) e acabaria por chegar ao empate, com um remate de pé esquerdo de Petkovic à entrada da área, no único remate croata que acertou no alvo.

A decisão foi para penáltis e a Croácia mostrou-se bem mais fria do que eu seu adversário, com Tite, aqui, a ter alguma responsabilidade.

Já depois de Vlasic ter faturado para os croatas, o jovem Rodrygo foi a escolha do selecionador brasileiro para o primeiro penálti e o avançado de 21 anos tremeu, permitindo a defesa de Livakovic.

A Croácia manteve-se firme, acabando Marquinhos por atirar ao poste na quarta série de penáltis, pondo fim ao sonho brasileiro.

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