O Benfica protagonizou uma vitória avassaladora sobre o Vizela, por 6-1, e o nome em destaque foi o de David Neres. O extremo brasileiro mostrou toda a sua qualidade com dois golos e duas assistências, provando ser uma adição valiosa para o ataque encarnado a restante época.
"Quando era novo, ele não andava a correr atrás de ninguém. O Di Maria não é esse tipo de jogador", destaca Mendes.
O desempenho notável não só coroa o regresso triunfante de Neres após uma lesão grave, mas também coloca Roger Schmidt perante um dilema de seleção, com opções de qualidade para o onze titular.
Após uma lesão no joelho esquerdo que o afastou dos relvados durante vários meses, David Neres regressou em grande estilo. O brasileiro demonstrou estar totalmente recuperado, destacando-se como uma peça fundamental no ataque do Benfica.
No confronto com o Vizela, Neres exibiu toda a sua classe e versatilidade. Com dois golos e duas assistências, o extremo brasileiro foi o principal arquiteto da goleada encarnada. A sua capacidade de desequilibrar a defesa adversária e a sua visão de jogo foram cruciais para o resultado final.
Apesar do brilho de Neres, Roger Schmidt enfrenta agora um dilema de seleção. Com jogadores como Angel Di María e João Mário a competirem por um lugar no onze inicial, as escolhas tornam-se cada vez mais difíceis.
Di María tem sido uma escolha recorrente para a ala esquerda, enquanto João Mário oferece versatilidade no meio-campo. No entanto, a qualidade de Neres é inegável, e o técnico alemão terá agora que encontrar uma maneira de integrar o extremo brasileiro na equipa titular de forma mais consistente.
A questão das escolhas de Schmidt não passou despercebida aos especialistas, com Fernando Mendes a expressar a sua opinião sobre o assunto.
Embora reconheça a importância de Di María e João Mário, o antigo jogador português sugere que Schmidt poderia ter mais coragem para fazer alterações no onze titular.
"Eu acho que é excelente para uma equipa ter jogadores destes. Eu acho que é excelente. Desequilíbrios? Desequilíbrios de o quê? Desequilibrar a equipa de quê?", começou por questionar Fernando Mendes, em declarações na CMTV.
"Nós vamos ver assim. Ele não tem a coragem para tirar os Di Marias, os João Mários... Ele não tem essa coragem. Porque são jogadores fundamentais. Eu também não o tirava (Di Maria), sinceramente", observou Mendes.
No entanto, o agora comentador destaca a qualidade inegável de Di María e a necessidade de encontrar estratégias para compensar a ausência de jogadores como ele e João Mário, caso Schmidt opte por relegá-los para o banco de suplentes.
"Aquela bola sai daqueles pés, parece que tem um comandante de distância. Mete a bola onde quer. É um jogador fundamental naquela equipa. Agora, Schmidt tem que arranjar as estratégias de maneira que outros jogadores compensem a falta destes. Não é compromisso", destacou Fernando Mendes.
"A falta de, vá lá, de garra para defender talvez. Mas quando o Di Maria também veio para aqui, ninguém pensava que o Di Maria vinha para defender. Já quando ele veio, quando era novo, ele não andava a correr atrás de ninguém. O Di Maria não é esse tipo de jogador", rematou o ex-jogador.
Com a excelente exibição de Neres na Luz diante do Vizela, a pressão para uma seleção mais regular no onze titular aumenta para o técnico alemão.
Roger Schmidt terá que equilibrar as opções disponíveis, garantindo que a equipa mantém o seu desempenho de alto nível em todas as competições em que está envolvida.