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“O Conselho da Europa deveria abordar os problemas que há na Europa e não os problemas que criaram à FIFA”, disse o dirigente, em périplo pela Ásia.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse hoje que o Conselho da Europa, que esta semana pediu uma “investigação interna” à reeleição do suíço, não tem direito a interferir nos assuntos do organismo que dirige.
“O Conselho da Europa deveria abordar os problemas que há na Europa e não os problemas que criaram à FIFA”, disse o dirigente, em périplo pela Ásia.
Quarta-feira, a Comissão do Conselho da Europa sobre Cultura, Ciência, Educação e Media insistiu na necessidade de investigação interna da FIFA para determinar se Blatter beneficiou da sua posição durante o processo de reeleição que decorreu em 2011, sem adversários depois da desistência de adversário do Qatar.
“A FIFA deve investigar se os candidatos na recente eleição para a presidência – e particularmente o que foi bem-sucedido (Blatter) – exploraram a sua posição institucional para retirar vantagens ilícitas para si próprios ou potenciais votantes”, sugeriram os parlamentares do Conselho da Europa.
Mohammed Bin Hamman retirou-se da corrida três semanas antes da votação devido a acusações de suborno de votos para a candidatura do Qatar que assegurou a organização do Mundial2022.
O antigo presidente da Confederação Asiática de Futebol acusou o seu opositor de ter orquestrado o escândalo de subornos: no próximo mês vai desafiar a exclusão permanente decretada pela FIFA, num recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto.
“Não entendo por que uma organização política na Europa ou em qualquer outro lugar do mundo tem direito a pedir à FIFA que empreenda uma ação, especialmente relacionada com uma eleição”, vincou Blatter.
O presidente da FIFA defende ainda que “ninguém na família futebolística está preocupado pela eleição”, lembrando que a única oposição a esta direção provém da Europa e não dos outros continentes.
