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Portugal: A seleção e o país dos pequeninos

Não há remédio possível para a Selecção Nacional. Mais uma vez tem de fazer contas para se qualificar para uma grande competição internacional. Portugal perdeu com a Rússia (1-0), empatou com a Irlanda do Norte (1-1) e já não depende apenas de si para alcançar o primeiro lugar do grupo F da fase de qualificação para o Mundial de 2014, que se realiza no Brasil.

Portugal: A seleção e o país dos pequeninos

Pois é, a Selecção Nacional mantém os mesmos vícios de sempre. Portugal gosta de sofrer e mais uma vez é o que vai acontecer para que se possa qualificar para o Mundial do Brasil, em 2014. A fase de qualificação até começou bem para Portugal, fruto das duas vitórias frente ao Luxemburgo e ao Azerbaijão, mas de repente tudo ficou mais difícil.

Portugal atacava o primeiro lugar do grupo ao jogar com a Rússia, ambos com seis pontos. No teste com os russos, Portugal chumbou redondamente. Frente a uma equipa matreira e bem organizada (espelho do seu treinador Fábio Capello), Portugal não teve arte nem engenho para encontrar o caminho do golo. Saiu de Moscovo com menos três pontos do que o seu adversário directo e com uma exibição sofrível.

Na última terça-feira, foi a vez de receber a Irlanda do Norte, no Estádio do Dragão. Com 48 mil pessoas nas bancadas era de esperar uma grande exibição e a vitória. Nada disso aconteceu. Portugal jogou muito mal, com os seus sectores do jogo sempre desligados. Nenhum atleta português saiu incólume da vergonha do Dragão.

No fim do jogo, os jogadores lusos admitiram que deviam dar mais à Selecção Nacional. É tempo, de facto, de pensar em mudar de atitude quando vestem a camisola das quinas. Paulo Bento tem razão quando afirma que o terceiro lugar, atribuído a Portugal no ranking das melhores selecções mundiais, pouco ou nada significa. Com exibições destas, não posso concordar mais. Um lugar destes só pode ter significado quando Portugal o aguentar meses ou anos a fio, como o faz, por exemplo, a Espanha. Estar em terceiro num mês, para depois cair para décimo no mês a seguir faz com que a importância dada a este tipo de classificações seja mínima.

A nossa Selecção é o reflexo da sociedade. Só nos superamos em casos de extrema dificuldade. Tal como o país, quando as coisas estão bem facilita-se, mas apela-se ao orgulho nacional para vencer crises e conflitos sociais nos momentos mais delicados. Talvez por isso o FMI tenha estado por cá três vezes nos últimos 30 anos. Infelizmente, precisamos de motivações extras para nos disciplinarmos. A Selecção Nacional alinha pela mesma ordem de ideias. Quando pode conseguir resultados que lhe permitam depender só de si facilita. Depois, arrepende-se. Mais uma vez vamos puxar da calculadora e rezar para que a Rússia também tropece, o que acho difícil, vendo a frieza da selecção de Capello.

Este Portugal é de pequeninos. Tal como as equipas pequenas, supera-se contra os grandes (Alemanha, Espanha, Holanda, Inglaterra) e facilita com os que apresentam menos argumentos. Está na hora de assumir a grandeza deste país e deste povo e querer ser maior de vez em quando. A Selecção Nacional tem um papel importante na inversão desta tendência!

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