SAD do Aves aceitou apelo dos atletas para recuar no abandono de jogo

O dirigente reconheceu que a sua decisão de fazer o Aves não regressar após o intervalo era injusta, mas justificou-a pela "forma precária e amadora" como a equipa de arbitragem "tratou a equipa numa prova importante como é a Taça de Portugal", após ter anulado um golo depois de ter validado.

"Foi porque os nossos atletas me pediram, por eles e pela sua família e por tudo o que representa, trabalha e faz todos os dias, que achavam que deviam voltar ao campo e que eu estava a precipitar-me, que acedi em recuar na minha decisão", explicou o líder da SAD avense, após a eliminação nos ‘oitavos’ da Taça, no desempate por grandes penalidades, por 4-2, após um 2-2 no final do prolongamento.

Afirmando não ter visto as imagens do lance do golo anulado a Filipe, o líder da SAD avense disse "não conseguir entender que tenha sido o quarto árbitro, após ter estado a conversar com o treinador da equipa adversária, a anular um golo que o árbitro já havia validado".

"A questão não é se foi ou não fora de jogo, mas a forma como as coisas foram feitas, e quando todos corriam para o meio-campo foi o quarto árbitro quem ditou a alteração da decisão. Nunca vi isso no futebol", frisou.

Manuel Machado, em resposta a esta acusação, disse que Luiz Andrade "está a ficcionar quando diz que isso resultou de uma conversa” sua com o árbitro.

"Apenas perguntei ao quarto árbitro o que se tinha passado e se o facto do jogador estar enquadrado com a baliza, como estava, não o tornava em fora de jogo", revelou.

Por seu lado, Ulisses Morais admitiu que caso a decisão fosse mantida teriam que "aceitar e não regressar ao campo", sublinhando, a propósito, que o que aconteceu "demonstra que é possível tomar decisões diferentes em pouco espaço de tempo", numa alusão tanto ao que se passou em campo no lance reclamado como na inversão que permitiu à equipa retomar o jogo.