Sérgio Conceição: «Foi uma exibição consistente da parte do FC Porto»

«Há um compromisso da nossa parte, da equipa técnica e dos jogadores. Há quatro anos que não conseguimos ganhar títulos. Não vamos buscar situações do ano passado [para corrigir], não vale a pena.

Ganhámos na casa de um adversário que luta pelos quatro primeiros lugares, difícil. Foi uma exibição consistente da parte do FC Porto. Entrámos muito fortes, com uma dinâmica ofensiva muito grande. Fizemos um golo. Depois podíamos ter feito mais um ou dois golos. Tivemos um período de 30 minutos de grande intensidade da nossa parte. Num ou noutro momento, sofremos um bocadinho nas transições defesa-ataque do Braga, mas penso que não houve um remate enquadrado à nossa baliza. Nos últimos 15 minutos, houve algum ascendente, até porque houve um ou outro erro individual em termos de posicionamento.

Na segunda parte, foi um jogo em que tivemos algumas oportunidades, partindo de um principio diferente na estrutura, com mais um médio e subindo os alas, o Marega e o Brahimi e tentando bloquear o jogo exterior do Braga, que nos 10, 15 minutos finais da primeira parte nos tinha criado alguns problemas. Não era tirar um homem da frente, era ‘matar' uma força do Braga. Na segunda parte, não chegaram nenhuma vez à baliza com perigo. Estivemos mais perto do 2-0 do que de sofrer o empate. Não vi da parte do Braga algo que nos deixasse verdadeiramente em dificuldade.

[O cenário do Sporting de Braga como teste mais difícil até agora] Foi criado pela imprensa. Entendo que o Braga é teoricamente mais difícil do que as equipas que tivemos, mas os testes são feitos diariamente, porque é o nosso trabalho. É muito difícil jogar em Braga. Já treinei o Braga e sei que é um clube ambicioso, que está sempre na luta por ganhar títulos.

Relativamente aos adeptos, é fantástico. Gosto de desafios, da responsabilidade. Virem sete mil pessoas é um motivo de força, de responsabilidade. Têm-nos apoiado de forma incrível, porque acreditam no nosso trabalho.

Não gosto que o mercado esteja aberto durante o período competitivo. É uma realidade, temos de a aceitar, e estamos sempre sujeitos a entradas e saídas. Um treinador de um rival [Jorge Jesus, treinador do Sporting] disse que estamos ‘sossegadinhos'. Não estamos».