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I Liga (balanço): Benfiquista Jonas foi o 'mago' dos golos

O brasileiro Jonas foi a grande figura da edição 2017/18 da I Liga portuguesa de futebol no que respeita aos golos, ao fechar a temporada com 34, sagrando-se melhor marcador pela segunda vez em três anos.

I Liga (balanço): Benfiquista Jonas foi o 'mago' dos golos

Depois de 13 épocas consecutivas sem nenhum jogador atingir as três dezenas de golos, a seguir aos 42 do brasileiro Jardel em 2001/2002, o avançado do Benfica, de 34 anos, selou o terceiro registo consecutivo acima dos 30 tentos.

Jonas tinha-se sagrado o melhor marcador em 2015/16, com 32 tentos – depois de, com 20, ter ficado a um do colombiano Jackson Martínez (FC Porto) em 2014/15 – e esta época fechou com 34, o mesmo registo do holandês Bas Dost (Sporting) na época transata.

Assim, o brasileiro juntou-se ao grupo de 11 jogadores que seguem no sétimo lugar do ‘ranking’ dos vencedores do ‘prémio’ de melhor marcador do campeonato, com duas conquistas.

Jonas igualou, entre outros, Julinho, Matateu, Artur Jorge Yazalde, Jordão, Nené, Liedson ou o paraguaio Oscar Cardozo, que tinha sido o último a ‘bisar’ pelo Benfica, com 26 tentos em 2009/10 e 20 em 2011/12.

O ‘10’ dos ‘encarnados’ cumpriu uma primeira volta sensacional, que fechou com 20 golos, ficando apenas dois jogos em ‘branco’, em Chaves, onde Seferovic resolveu nos descontos (1-0), e no Dragão, num empate a zero.

Jonas, que somou um recorde de 10 rondas consecutivas a faturar, entre a terceira e a 12.ª rondas, continuou a marcar com grande regularidade na segunda metade da prova, chegando à 28.ª ronda com 33 golos.

Até essa jornada, que o Benfica fechou na liderança da prova, um ponto à frente do FC Porto, o brasileiro somava 45,2% dos tentos dos ‘encarnados’, que estavam na posse do melhor ataque, com 73 golos, contra 70 dos portistas.

Depois de na segunda volta só não ter marcado no reduto do Portimonense (3-1), na receção ao Boavista (4-0) e fora com o Feirense (2-0), Jonas estava, com seis jogos por disputar, na corrida a chegar aos ‘míticos’ 40 golos.

No aquecimento para o jogo da 29.ª jornada, em Setúbal, o brasileiro lesionou-se, saiu do ‘onze’ e só voltou na parte final do jogo penúltima ronda, em Alvalade, sendo que, entretanto, o Benfica já perdera o título.

Depois de não ter conseguido voltar aos golos face aos ‘leões’, Jonas regressou ao ‘onze’ na última ronda, face ao Moreirense, a tempo de selar, de grande penalidade, o tento da vitória (1-0), que valeu o segundo lugar,

Nunca se saberá como teria sido a parte final da época para o Benfica com Jonas, mas certo é que o brasileiro foi o melhor marcador do clube e da prova, faturou em ‘4-4-2’ ou ‘4-3-3’ e sua influência ainda transcendeu os números.

Face à intensa produção do brasileiro do Benfica, Bas Dost, que realizou outro campeonato em ‘cheio’, com 27 golos, não pôde revalidar o troféu de melhor marcador, sendo que, em duas épocas, tem a média fantástica de 30,5 tentos por edição.

Por seu lado, o maliano Marega fechou o pódio, ao contribuir com 21 golos para o título dos portistas, mais seis do que o seu companheiro de ataque, o camaronês Aboubakar, que se ficou dos 15, depois de fechar a primeira volta com 14.

Os dois jogadores africanos foram os máximos responsáveis pelo facto de o FC Porto ter sido o melhor ataque da prova, com 83 golos, muito perto dos seus melhores registos nos campeonatos a 18 clubes.

Melhor do que os comandados de Sérgio Conceição, que também ostentaram a melhor defesa (18 sofridos), só o FC Porto de Fernando Santos, que selou o ‘penta’ em 1998/99 com 85 golos, e o do inglês Bobby Robson, com os 84 de 1995/96.

O Benfica foi o segundo melhor ataque, com 80 golos, e o Sporting de Braga o terceiro, com 74, enquanto o Sporting ficou fora do pódio, num distante quarto posto, com 63.

Em termos globais, os 826 golos, à média de 24,29 por ronda e 2,70 por jogo, são o segundo melhor registo de sempre a 18 clubes, só perdendo para os 831 de 2015/16. Para o terceiro lugar, ‘caíram’ os 818 de 2001/2002.

Como é habitual, as equipas da casa marcaram mais (480) do que os forasteiros (346), as segunda partes renderam mais (449) do que as primeiras (377) e os estrangeiros (504) superiorizaram-se aos jogadores nacionais (304).

A I Liga 2017/18 registou tentos de todos os continentes, com a Europa (368) a superiorizar-se à América (313), liderada pelos brasileiros (247), secundados, de muito longe, pelos argentinos (21) e os mexicanos (16).

Os africanos destacaram-se no terceiro posto (111), bem à frente de Ásia (10) e Oceânia (cinco), representadas apenas pelo japonês Nakajima (Portimonense) e o neozelandês Tyler Boyd (Tondela), respetivamente.

Numa prova em que apenas 19 jogos acabaram sem golos e em 22 marcaram-se seis ou mais – 15 com seis e sete com sete -, a jornada mais produtiva foi a nona, com 34, enquanto a 13.ª, com 14, terminou no polo posto.

Destaque ainda, em termos individuais, para o ‘póquer’ de Edinho, no triunfo do Vitória de Setúbal por 4-1 na Vila das Aves, à 28.ª ronda, e os nove ‘hat-tricks’ registados, três dos quais da responsabilidade de Bas Dost. Por seu lado, Jonas e Marega conseguiram, cada qual, seis ‘bis’, num total de 74.

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