Portugal vê sonho no Europeu de sub-17 esfumar-se nas grandes penalidades

Os erros defensivos estiveram na base dos dois primeiros golos, de Warren Zaire-Emery, para a França, aos oito minutos, e Afonso Moreira, aos 12, para Portugal, que deu a volta ao resultado com um fantástico remate de Dário Essugo, aos 20, antes de o autogolo de João Muniz, aos 45+1, ter fixado o resultado, ainda na primeira parte.

Depois de todos os marcadores terem cumprido a ‘obrigação’ na série inicial de cinco grandes penalidades – incluindo, com muita sorte, Mathys Tel -, Manuel Mendonça permitiu a defesa ao guardião Lisandru Olmeta e El Chadaille Bitshiabu não desperdiçou a oportunidade de colocar a França na final.

Os gauleses procuram conquistar o terceiro título no escalão, depois dos troféus conquistados em 2004 e 2015, preparando-se para defrontar na final o vencedor do encontro entre Países Baixos e Croácia, enquanto Portugal se fica pelas meias-finais.

A França inaugurou cedo o marcador, na sequência de uma recuperação da posse de bola quando a equipa das ‘quinas’ se preparava para lançar o ataque, com Warren Zaire-Emery a surpreender o guarda-redes Diogo Fernandes, logo aos oito minutos, com um forte remate de muito longe.

Portugal reagiu de imediato e restabeleceu a igualdade aos 12 minutos praticamente da mesma forma, com Afonso Moreira a aproveitar um erro da saída da seleção francesa da sua zona defensiva, com um remate cruzado no interior da área adversária, marcando o quarto golo na prova.

A seleção portuguesa deu a volta ao resultado de forma sensacional, aos 20 minutos, com um remate fulminante de Dário Essugo, desferido não muito depois do círculo central, mas sobre o lado esquerdo, que, apesar das condições improváveis, teve sucesso e permitiu ao médio estrear-se a marcar.

Pouco depois, Portugal poderia ter aumentado a vantagem, aos 31 minutos, mas o remate de Afonso Moreira acertou na barra da baliza da seleção francesa, que teve idêntica sorte aos 38, quando Mathys Tel viu o remate ser devolvido pelo poste.

A França chegou ao empate em período de compensação da primeira parte, aos 45+1 minutos, na sequência de um autogolo de João Muniz, que desviou para a própria baliza um cruzamento, perante a incredulidade de Diogo Fernandes.

O guarda-redes português evitou que a França se voltasse a adiantar aos 60 minutos, ao desviar o remate de Warren Zaire-Emery, já depois de Marhys Tel ter efetuado nova ameaça, mas Vivaldo Semedo, que tinha entrado aos 56 minutos para o lugar de Afonso Moreira, também poderia ter marcado, numa segunda parte menos intensa.

O desempate por grandes penalidades foi a fórmula necessária para encontrar o vencedor e poderia ter sido favorável a Portugal se o remate de Mathys Tel não se tivesse encaminhado para dentro da baliza depois de bater, sucessivamente, na barra e nas costas de Diogo Fernandes.