"Ronaldo, por crença do treinador ou por imposição do próprio, é um dos que tem lugar cativo"

No entanto, os últimos jogos da seleção das quinas também trouxeram críticas de Miguel Sousa Tavares, conhecido comentador televisivo, que não poupou palavras sobre a evolução da equipa portuguesa, a atuação do médio do Fulham João Palhinha e ainda o papel de Cristiano Ronaldo na era Roberto Martínez.

Portugal já conquistou o seu lugar no próximo Europeu, um feito impressionante que demonstra a força da equipa das quinas na fase de qualificação para a prova.

A seleção lusa, que costumava ser fortemente centrada em Cristiano Ronaldo, parece ter adotado uma abordagem mais coletiva, na qual o talento e a performance de outros jogadores têm se destacado, segundo aponta Sousa Tavares.

"É verdade que Cristiano Ronaldo, por crença do treinador ou por imposição do próprio, é um dos que tem lugar cativo e a titular, mas definitivamente a equipa parece ter-se libertado da ditadura ronaldiana, em que era obrigatório todos passarem sempre a bola ao capitão, sem esperarem retribuição à medida", começou por escrever o comentador, na sua coluna de opinião no 'Jornal Record'.

"Ronaldo lá continua, a jogar para os seus recordes, cobrando em exclusivo os penáltis, faturando golos fáceis e falhando outros fáceis, sistematicamente batido no um para um, já sem a velocidade de outros tempos, mas o talento dos outros chega para compensar as suas falhas e até para o ajudar a acrescentar as suas estatísticas", acrescentou Miguel Sousa Tavares.

João Palhinha, notável médio do Fulham e figura constante na seleção portuguesa, não escapou ás críticas de Sousa Tavares. O comentador questionou a abordagem de Palhinha, rotulando-o como alguém que "só sabe destruir". A crítica se concentra em sua falta de contribuição ofensiva e sugere que ele pode não estar atingindo seu potencial total.