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Suarez no Barcelona: Comprar sem pensar no dia de amanhã

A verdadeira riqueza de uma pessoa não se mede pela existência de um carro topo de gama ou de uma moradia com piscina. A verdadeira riqueza mede-se pela estabilidade financeira e pela preocupação em assegurar condições de sustentabilidade e crescimento para as gerações vindouras. No futebol é igual.

Suarez no Barcelona: Comprar sem pensar no dia de amanhã

A contratação de Luís Suarez pelo Barcelona deixou o mundo futebolístico em alvoroço. Um trio com Messi, Neymar e Suarez é o sonho de qualquer treinador e de qualquer adepto que aprecie o espetáculo dentro das quatro linhas. O Liverpool terá recebido uma verba entre os 81 e os 94 milhões de euros pelo uruguaio.

Pelo segundo ano consecutivo, os catalães contratam um jogador por uma soma astronómica. Em 2013-14, Neymar chegou do Santos por um valor anunciado de 54 milhões de euros, mas, com o decorrer da temporada, pareceu claro que o Barcelona pagou muito mais pelo internacional brasileiro, entre comissões e valores ‘por baixo da mesa’ ao pai do craque canarinho.

Resultado: segundo um artigo publicado ainda em outubro de 2013 no site teinteresa.es, Barcelona e Real Madrid possuem dívidas monstruosas para com as finanças espanholas, rondando os 900 milhões de euros em ambos os casos. Nada que tenha impedido os ‘merengues’ de captar no ano passado Gareth Bale ao Tottenham (mais de 90 milhões de euros). Nada que tenha impedido os ‘blaugrana’ de fechar Neymar e Suarez.

São jogadas vistosas e mediáticas, mas que poderão colocar num risco muito sério a sustentabilidade de ambos os emblemas. Quando contratou Cristiano Ronaldo ao Man Utd por 94 milhões de euros, Florentino Perez garantiu que rentabilizaria rapidamente esse valor com o ‘merchandising’ em torno da imagem do português. Não deixa de ser uma meia verdade. Mas e os salários monstruosos? E os prémios chorudos?

No entanto, Real Madrid e Barcelona não são os únicos clubes em ‘alerta vermelho’ no futebol espanhol. Atlético de Madrid e Valência possuem igualmente passivos monstruosos, de 549 milhões e 380 milhões de euros, respetivamente. Não é por acaso que os primeiros conseguiram voltar a ganhar a Liga BBVA (aumentaram muito o investimento) e também não é por acaso que os segundos sentiram necessidade de injetar dinheiro fresco nas suas finanças, com a chegada do multimilionário de Singapura, Peter Lim.

Somando os passivos de todos os clubes da Liga BBVA, segundo a mesma fonte, o futebol espanhol deve um valor a rondar a soma alienígena de 3600 milhões de euros. Os sucessos vão acontecendo e os adeptos vão vibrando com a chegada de craques e mais craques, mas a bolha vai inchando, inchando, inchando… Um dia explodirá!

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