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Bloco de Notas: Como gerir as estrelas

É muitas vezes frequente ouvir no mundo do futebol que uma das maiores dificuldades é a gestão das estrelas. Como fazer com que Cristiano Ronaldo, Messi ou Ibrahimovic se relacionem de forma harmoniosa com os outros elementos da equipa, com os adeptos ou até mesmo com o ambiente que envolve o clube?

Bloco de Notas: Como gerir as estrelas

Esta semana, em França, Ibrahimovic foi notícia pelos piores motivos. O avançado sueco do PSG revoltou-se com a arbitragem no final do jogo com o Bordéus (que o PSG perdeu por 3-2) e proferiu alguns palavrões para com o árbitro, o campeonato francês e nem a França poupou.

Menos de 24 horas depois, Ibrahimovic pediu duas vezes desculpa ao povo francês tendo dito que as palavras dele se referiam somente ao contexto do futebol e não pretendiam atingir a França, nem o seu povo. Tarde demais, a polémica tinha sido lançada e Ibrahimovic arrisca mesmo uma suspensão nos próximos dias. Mais uma, já que o sueco ainda há pouco tempo cumpriu dois jogos de castigo, ou seja, o melhor jogador do campeonato francês entre lesões e sanções pouco conseguiu mostrar a sua classe no palco que mais interessa aos adeptos: o relvado.

Também em Espanha, o momento menos bom de Cristiano Ronaldo tem levado a assobios por parte de alguns adeptos. Segundo a imprensa desportiva espanhola (nem sempre fiável devido à clubite de certos jornais) existe um foco de tensão entre Ronaldo, os adeptos e alguns dirigentes do Real Madrid, afirmando-se que Cristiano Ronaldo poderá mesmo ser vendido no final da época.

O grande rival do Real Madrid, o Barcelona, passou pelo mesmo há uns meses atrás com Messi. Todos ainda se lembrarão do episódio do Twitter em que Messi teria passado a seguir o Chelsea na rede social dos 140 carateres. A partir daí muito se especulou e falou-se também de uma possível saída do argentino no final da época.

Estes três exemplos mostram que nem sempre é fácil gerir os egos das grandes estrelas. No entanto, são elas que dão vida à equipa e à competição em que estão envolvidas. Ninguém duvida que o campeonato francês não teria metade do interesse sem Ibrahimovic e como seria a Liga Espanhola sem Messi e Ronaldo? Obviamente que nem tudo lhes deve ser permitido, mas é preciso entender que os maiores ativos de um clube ou de um campeonato têm de ser geridos de forma diferente. É importante que eles se sintam queridos e que sintam que o ambiente que os envolve os apoia.

Numa empresa pagamos a peso de ouro os bons gestores e os bons profissionais. Percebe-se a importância de ter os melhores do nosso lado. No futebol, devido ao aspeto emocional, nem sempre se consegue entender isso e demasiadas vezes se passa de bestial a besta.

Por muitos defeitos que tenham, não acredito que as ligas francesa e espanhola fiquem mais fortes sem estes três craques. Basta ver o que os EUA fazem e pagam para ter os melhores jogadores em final de carreira. Desportivamente ninguém está acima de ninguém e o coletivo é sempre o mais importante, mas o mundo do futebol não vive só do lado desportivo, também é merchandising. Conseguir o equilíbrio entre esses dois mundos pode ser o segredo do sucesso.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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