O Tribunal Judicial de Ponta Delgada considerou 'improcedente' a providência cautelar interposta por Mário Batista, para 'suspensão das deliberações' tomadas na assembleia geral de 31 de outubro de 2016, que determinavam a 'perda das ações tituladas' pelo próprio.
Na altura, a assembleia-geral decidiu a perda de 47,6% das ações, totalidade pertencente a Mário Batista, antigo presidente do clube e da SAD do Santa Clara, alegando que o acionista não teria realizado a totalidade das ações avaliadas em 238 mil euros.
A mesma assembleia-geral não reconheceu, por isso, a venda de 46,6% das ações do acionista Mário Batista ao investidor turco Ismail Uzun, por 233 mil euros.
A sentença do Tribunal de Ponta Delgada, a que a agência Lusa teve acesso, vem agora dar razão à assembleia-geral da SAD do Santa Clara, tendo determinado 'a perda das ações' de Mário Batista e dando com 'factos não provados' a venda de '23.3000 ações a Ismail Uzun pelo preço de 233.000.00 euros'.
O presidente do clube e da SAD do Santa Clara disse à agência Lusa que a decisão do Tribunal Judicial de Ponta Delgada vem 'repor a verdade'.
«É a prova de que efetivamente Mário Batista não pagou os 119 mil euros relativos à realização do seu capital social. Neste momento ele não tem mais ações na sociedade comercial de acordo com o que está previsto no código das sociedades comerciais. Foi deliberada a perda das ações a favor da sociedade, a sociedade adquiriu as ações por violação de obrigações do dever de entrada do acionista e agora irá promover a sua venda», considerou Rui Cordeiro.
Segundo o presidente do clube e da SAD ‘encarnada’ com 'a retirada da totalidade das ações' ao acionista Mário Batista, 'as ações serão vendidas', sendo que serão 'os acionistas a deliberar quem é que querem que seja novo acionista da Santa Clara Açores Futebol SAD', mantendo-se 'o centro de decisão regional de 51%'.
A agência Lusa tentou ainda contactar Mário Batista para tentar saber se vai recorrer da decisão do Tribunal Judicial de Ponta Delgada mas até ao momento não foi possível.