A China perdeu em casa com o Iraque por 1-0, na terça-feira, comprometendo a sua qualificação para o Mundial de futebol de 2014, a realizar no Brasil.
Treinada desde agosto passado pelo técnico espanhol José António Camacho, a seleção chinesa ambiciona repetir a proeza de há uma década, quando conseguiu qualificar-se para a fase final de um Mundial, pela primeira e única vez.
Ao fim de três jogos, a China soma apenas três pontos no grupo A asiático de qualificação, menos seis do que a Jordânia e menos três do que o Iraque, tendo ganho unicamente um jogo (2-1), frente a Singapura.
''Para mudar esta perigosa situação, nos três jogos que faltam, a China tem de vencer o Iraque, na segunda volta, no próximo dia 11 de novembro'', realçou hoje a agência noticiosa oficial chinesa.
Para poder aspirar a uma qualificação para o Mundial, a China tem de terminar o grupo A numa das duas primeiras posições, seguindo-se ainda uma quarta fase, em que as equipas apuradas são divididas em dois grupos de cinco, apurando-se para o Mundial os dois primeiros de cada grupo, enquanto os dois terceiros disputam um ''playoff'', que determinará a equipa a sair para a fase intercontinental.
Na China, a profissionalização do futebol começou há apenas 20 anos, quando o Partido Comunista Chinês abandonou o sistema de planificação central, típica dos países socialistas, e se converteu à ''economia de mercado socialista''.
Em 2002, sob a direção do sérvio Bora Milutinovic, a China qualificou-se para a fase final do Mundial, na vizinha Coreia do Sul, mas perdeu os três jogos que disputou e saiu de Seul sem ter marcado um golo.
José António Camacho, antigo treinador do Real Madrid e do Benfica, assinou no verão um contrato de três anos com a Associação Chinesa de Futebol, substituindo Gao Hongbo.
''Embora o atual nível do futebol chinês não seja elevado, tem grande potencial de desenvolvimento'', disse na altura o técnico espanhol.