O qatari Bin Hammam explicou hoje, através do seu “blogue”, que se retirou das eleições de 01 de junho para a presidência da FIFA para “não enlamear o futebol”.
A decisão deixa o atual presidente Joseph Blatter sozinho na corrida eleitoral.
“Anúncio a minha retirada da eleição presidencial”, escreveu o presidente da Confederação Asiática de Futebol, explicando que, com esta decisão, pretende “não ver mais o nome da FIFA arrastado para a lama”.
Bin Hammam e Joseph Blatter compareceram hoje perante a comissão de ética da Federação Internacional de Futebol (FIFA) no âmbito da investigação sobre alegados atos de corrupção durante o processo eleitoral.
O qatari garante que a retirada da candidatura não está relacionada com a investigação do comité de ética e sublinha que comparece perante aquele organismo para “limpar” o seu nome das “acusações sem fundamento” contra si.
O ex-candidato escreve ainda no ”blogue” que a sua candidatura serviu, pelo menos, como “catalisador para abrir o debate” dentro da FIFA.
O líder do futebol asiático decidiu retirar a sua candidatura, após o escândalo que o relaciona com Jack Warner, membro do comité executivo da FIFA há 28 anos, no alegado suborno de 25 membros das Caraíbas durante um ato de campanha.
Os delegados e membros caribenhos, com direito a voto no ato eleitoral da FIFA, terão recebido dinheiro numa conferência realizada entre 10 e 11 de maio em Trindade e Tobago, onde Jack Warner é ministro.
Bin Hammam reconheceu ter pago as despesas de viagem e a alojamento dos membros e os custos da conferência, mas negou ter comprado quaisquer votos.
O clima de suspeição na FIFA subiu de tom após as eleições para a atribuição das sedes dos Mundial de futebol de 2018 e 2022, atribuídos em dezembro do ano passado à Rússia e Qatar, respetivamente.