Liga Zon Sagres: Sporting de Braga - Rio Ave (declarações)

- Jesualdo Ferreira (treinador do Sporting de Braga): "O Braga assume o jogo, vai à procura de o ganhar, mas a verdade é que as coisas não têm surgido. A equipa consegue produzir lances de ataque, mas não temos sido eficazes. Não estou a responsabilizar os avançados ou os jogadores A, B ou C.

Depois, surgem outras situações decorrentes desta. Quando há ansiedade a mais, momentos em que o querer muito nos inibe, sentimos algumas quebras. Há um conjunto de factos e sentimentos neste Braga que eu, em 40 anos de futebol, nunca vi nada parecido com isto. Eu próprio estou surpreendido.

Confio nestes jogadores e asseguro-vos que trabalhamos muito e bem. Tenho a consciência completamente tranquila.

Foi a quarta derrota (consecutiva) e a equipa está numa posição na tabela que não tem nada a ver com o Braga dos últimos 10 anos, mas esta é uma situação atípica.

É uma fase má, toda a gente está muito insatisfeita, nós mais do que todos, mas são estes jogadores que temos que potenciar e que de um momento para outro vão alterar as coisas de forma radical. Isto ultrapassa-se ganhando e sendo mais eficaz.

(Fragilizado?] A confiança que deposito nos jogadores é aquela que sinto do presidente. Temos que agir e decidir, mas estes são os jogadores até dezembro ou até ao final da época, são eles que têm que desfazer esta situação negativa.

Atrasámo-nos muito, mas não está nada afastado, nem é impossível chegar às competições europeias.

Atirar a toalha ao chão? Quem me conhece sabe que isso não está no meu caráter.

(As próximas duas saídas são aos terrenos de FC Porto e Benfica) São jogos muito complicados, mas é um ciclo a que não podemos fugir. O favoritismo é deles, mas não seria a primeira vez que o Braga ganharia ao FC Porto ou ao Benfica ou obteria um resultado positivo, mas esses jogos têm que dar sinais evidentes de subida de capacidades".

- Nuno Espírito Santo (treinador do Rio Ave): "Se o resultado corresponde ao que se passou no jogo? É uma pergunta difícil. Na minha perspetiva, sim, mas seria de todo injusto ser tão prepotente e dizer isso, há o respeito pelo adversário.

O Braga teve mais posse de bola, mas não havia outra forma de abordar este jogo perante um adversário muito difícil, que tem muita qualidade individual. Na primeira parte, sofremos bastante. Após o intervalo, alterámos algumas coisas e a nossa organização defensiva foi fantástica.

O nosso foco não foi a intranquilidade do Braga, foi a análise que fizemos das qualidades dos seus processos e como contrariá-los, tentar tirar espaço entre linhas que consegue criar.

Somos mais fortes a jogar fora? Em casa é complicado porque, quiçá, os adversários fazem o mesmo que nós fizemos hoje, há pouco espaço, as equipas são organizadas e é difícil contrariá-las".