O Estoril-Praia empatou hoje 1-1 em casa dos espanhóis do Sevilha e já não tem hipóteses de apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa de futebol, em jogo da quinta jornada do grupo H.
A equipa portuguesa foi superior em posse e circulação de bola, em lances de envolvimento ofensivo, em controlo do ritmo do jogo e em organização coletiva, mas só traduziu essa supremacia perante o oitavo classificado do campeonato espanhol num único golo, marcado em cima do minuto 90.
Não se infira que o Estoril falhou no capítulo da finalização – de resto, as raras oportunidades de golo que criou contrariam tal ideia –, mas falhou por gritante falta de objetividade nos últimos 20 metros do campo.
A equipa portuguesa teve o atrevimento de jogar os 90 minutos com o bloco subido, instalado no meio-campo do Sevilha, sem medo de desguarnecer as costas da defesa, só possível numa equipa que tem a confiança de que vai controlar a posse e circulação de bola.
Não foi por acaso que a equipa espanhola, que marcou bem cedo, logo aos sete minutos, pelo luso-francês Kevin Gameiro, a passe do ex-benfiquista José António Reyes, nunca foi capaz de explorar o adiantamento das linhas do Estoril, porque o controlo que a equipa de Marco Silva fez da bola raramente o permitiu.
É verdade que o golo prematuro do Sevilha também contribuiu para a postura mais expectante que assumiu em campo, como que a convidar o Estoril a pegar no jogo, mas a equipa portuguesa deu uma lição de futebol apoiado e dinâmico, ao qual faltaram os últimos 20 metros.
O Estoril conseguia chegar às imediações da área espanhola com a bola controlada, mas depois falhava sistematicamente so penúltimo e último passes, a qualidade dos cruzamentos deixava a desejar e pecava por falta de espontaneidade no remate em zonas de finalização. Essa é, também, a diferença que separa as equipas medianas das boas e grandes equipas.
Na segunda parte, o cariz da partida não se alterou, com o Estoril a assumir as despesas do jogo, mas a pecar pelos mesmos defeitos dos 45 minutos iniciais, perante um adversário que se limitava a gerir o golo de vantagem que lhe garantia o apuramento, procurando explorar o adiantamento da equipa portuguesa em rápidas transições ofensivas que raramente concretizou.
O Estoril acabou por fazer o empate ao minuto 90, pelo defesa central Ruben, a passe de Balboa, cuja entrada em campo aos 76 minutos para o lugar de Evandro, deu outra acutilância e objetividade ao ataque estorilista, um golo que justificou plenamente, apesar das pechas atacantes que revelou, mas que foi insuficiente para o manter em prova.
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