O antigo selecionador nacional de futebol Carlos Queiroz qualificou hoje o antigo presidente sul-africano Nelson Mandela como “uma figura ímpar no mundo” e de um grande “humanismo, sensibilidade e amor”.
Na noite da morte do antigo Presidente da África do Sul, em declarações à agência Lusa a partir do Brasil, o atual selecionador do Irão recordou os seus contactos com Nelson Mandela, quando foi selecionador da África do Sul, e considerou que foi “um privilégio”, "uma sorte" e "uma honra" ter conhecido o antigo Presidente sul-africano.
E adiantou: “hoje, mais do que chorarmos Nelson Mandela, é celebrarmos a alegria de a humanidade ter tido o privilégio de ter recebido a mensagem de um homem que trouxe para a sua nação, e não só, uma mensagem de fraternidade e uma mensagem de neste mundo ser possível viver em diferentes identidades, raízes, com diferentes culturas e religiões, em harmonia, em paz e fraternidade”.
Carlos Queiroz lembrou também quando conheceu Nelson Mandela, precisamente numa taça Nelson Mandela, num jogo entre as seleções da África do Sul e da França. “Nunca me esqueço o primeiro contacto físico que tive com o Presidente Mandela, que foi apertar-lhe a mão. Fiquei surpreendido com a energia, com a força, com o caráter, e ao mesmo tempo com a doçura com que fazia os seus contactos com as pessoas”.
À Lusa, Queiroz lembrou o Mandela apaixonado pelo desporto, lamentou que não tivesse podido satisfazer-lhe um pedido que lhe fez quando lhe chamou “irmão”, recordou o prazer de lhe ouvir histórias do tempo do 'apartheid' ou de o visitar em 2010 para lhe oferecer uma camisola da seleção portuguesa (Carlos Queiroz era então selecionador nacional de futebol).
“Foi a última vez que tive oportunidade de falar com ele”, disse Queiroz, triste com a morte de uma pessoa com “um humanismo, um carinho, uma ternura e uma firmeza” que é “difícil de explicar”.