Vítor Paneira, ex-jogador do Benfica, antevê "uma partida muito equilibrada" entre a sua antiga equipa e a Juventus no embate de quinta-feira, na Luz, da primeira mão das meias-finais da Liga Europa de futebol.
O agora treinador, que orienta o histórico Varzim, considerou que as duas equipas têm grandes jogadores e estão a atravessar um bom momento, antecipando "uma partida decidida por detalhes".
"O Benfica tem alguma vantagem no primeiro jogo, mas é extremamente importante não sofrer golos em casa. A Juventus quer jogar a final em casa e é certo que o último jogo do Benfica na Liga Europa será sempre em Turim", partilhou com a agência Lusa.
Vítor Paneira já foi protagonista principal num duelo entre Benfica e Juventus, quando em março de 1993, nos quartos-de-final da Taça UEFA, foi o grande herói na vitória por 2-1, no estádio da Luz, ao apontar os dois golos dos "encarnados".
"Vinha de um momento menos bom e apareci em grande, fazendo dois golos e realizando uma grande exibição. O Estádio da Luz estava completamente cheio, com mais de 100 mil pessoas, e foi deslumbrante participar num momento de grande euforia", recordou.
Nessa equipa italiana alinhavam grandes figuras do futebol mundial, como Roberto Baggio, Vialli ou Möller, mas Vítor Paneira considerou que também na formação benfiquista evoluíam alguns dos melhores jogadores que passaram pela Luz.
"O Benfica tem hoje uma grande equipa, mas parece-me que a nossa, com Paulo Sousa, João Pinto, Rui Costa ou Isaías, era uma equipa ‘supersónica’. Se o Benfica a tivesse conseguido manter, iríamos limpar a Europa toda", assegurou.
Apesar dessa concentração de valor, o Benfica acabaria por ser eliminado pela Juventus na segunda mão da eliminatória, por 3-0, em Turim, com aquilo que Vítor Paneira considerou ser uma "arbitragem tendenciosa".
Os italianos acabaram por vencer o trofeu nesse ano, mas ficaram de olho no então número 7 do Benfica, num negócio que acabou por se gorar.
"Passado pouco tempo, o Toni e o Jesualdo Ferreira informaram-me que a Juventus me queria contratar. Nessa altura, o Paulo Sousa foi para lá e eu fiquei pelo caminho", recordou.