Uma Bélgica bem abaixo do seu potencial sofreu hoje para vencer a frágil Argélia 2-1, num titubeante arranque do Grupo H do Mundial2014 de futebol, em Belo Horizonte.
Um golo, de penalti, de Sofiane Feghouli (25 minutos) ameaçou fazer escândalo, mas o decisivo Marouane Fellaini (70), que mexeu no jogo belga quando entrou, e o também suplente Dries Mertens (80) consumaram a reviravolta da equipa que apenas “jogou” os últimos 25 minutos.
Recheada de estrelas das mais poderosas equipas do futebol Europeu, a equipa de Marc Wilmots fez muito pouco para confirmar o seu favoritismo, valendo-lhe o facto da Argélia ser uma equipa “curta”: aguerrida e numerosa a defender, praticamente inofensiva no ataque.
Os “diabos vermelhos” encararam o desafio com invulgar apatia, talvez convictos de que a sua superioridade seria, por si só, suficiente para ultrapassar o primeiro obstáculo no Brasil.
A Argélia, que teve o academista Halliche a titular, enquanto o sportinguista Slimani e o portista Chilas entraram no segundo tempo, não marcava um golo em fases finais há mais de 500 minutos.
O primeiro remate à baliza tardou 18 longos minutos e foi para Mahrez, com o futebolista africano a pegar mal na bola.
Com um meio campo reforçado frente a uma Bélgica quase parada e que insistia em furar pelo superpovoado centro do terreno, não foi difícil aos pupilos do bósnio Vahid Halilhodzić travar o praticamente inexistente ímpeto dos Europeus.
Num dos raros ataques das “raposas do deserto”, Feghouli foi agarrado por Vertonghen na área e o árbitro assinalou penalti, que o próprio extremo converteu.
Sem forçar o erro adversário, com exasperante falta de dinâmica ofensiva, os belgas nada mudaram, tirando o ir tentando os remates de meia distância, sem criar qualquer problema ao guarda-redes até ao intervalo: na melhor situação, Chadi (44 minutos), isolado por Hazard, rematou frouxo com o pé esquerdo.
O segundo tempo continuou a revelar uma Bélgica irreconhecível, embora algo mais assertiva no ataque, ainda assim sem criar situações de apuros para M’Bolhi, que brilhou aos 66 minutos, ao negar, com os pés, o golo ao suplente Origi, que seguia para a baliza – este lance despertou a equipa, tal como a decisiva entrada de Fellaini
O sportinguista Slimani (65 minutos) já estava em jogo quando Fellaini empatou, usando os seus 1,94 metros para “pentear” o cruzamento de De Bruyne na esquerda para o fundo das redes.
Os pupilos de Marc Wilmots ganharam novo alento em busca da vitória e consumaram a reviravolta aos 80 minutos, em contra-ataque concluído com “bomba” de Mertens, também entrado na segunda parte, materializando, no resultado, o claro favoritismo no jogo.
Rússia e Coreia do Sul disputam hoje o outro desafio do grupo.
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