Mundial-2014: Miguel Veloso diz que a vitória de Portugal é a «única opção»

Miguel Veloso reconheceu que "os primeiros dois dias não foram fáceis", após a goleada por 4-0 sofrida frente à Alemanha, na estreia no Grupo G da fase final, mas assinalou que o foco agora está no embate com os norte-americanos, na escaldante Manaus.

"Temos consciência do resultado contra a Alemanha, mas não há volta a dar. Temos de nos focar nesta final com os Estados Unidos porque a nossa única opção é ganhar", frisou o médio, de 28 anos, em conferência de imprensa no centro de treinos da Ponte Preta, em Campinas, onde a equipa lusa está instalada no Brasil.

E como, para Miguel Veloso, "as finais são para ganhar", o jogador do Dínamo de Kiev, está "confiante" que a equipa das "dará a volta por cima", até porque sabe que "se não ganhar este jogo as coisas acabam", recordando o arranque pouco promissor no Euro2012, com uma derrota por 1-0, precisamente, frente à Alemanha.

"Todos estamos habituados à pressão. Apesar de resultado, noutras competições também não começámos bem, mas estamos otimistas em dar a volta e só o conseguimos se estivermos todos unidos e a puxar para o mesmo lado", assinalou o médio, que não escondeu a "tristeza e desilusão" pela goleada sofrida na segunda-feira, em Salvador.

A fraca exibição de Cristiano Ronaldo tem sido atribuída a alguma incapacidade física, que falhou grande parte do estágio de preparação devido a dores musculares na coxa esquerda e uma inflamação no tendão rotuliano, mas Miguel Veloso, que é médio, "mas não é médico", observa nos treinos que o avançado "treina, salta e remata".

"Temos o melhor jogador do Mundo, muitas vezes tem a bola porque pode a fazer a diferença e faz. Os defesas têm medo quando ele tem a bola no pé, o que nos beneficia", notou o internacional português, defendendo que nem tudo foi mau no jogo com a Alemanha, mas sem especificar quais os aspetos positivos.

A maior "tristeza" resultou das lesões de Fábio Coentrão, que foi dispensado e já está em Portugal, Rui Patrício e Hugo Almeida, ambos "KO" até ao fim da fase de grupos, o que provocará mexidas no “onze” e pode atirar o médio para a posição de defesa esquerdo, mas Miguel Veloso nem se importava de "jogar a ponta de lança".

O médio assegurou que a seleção nacional está a "preparar da melhor forma" o confronto com os Estados Unidos, uma "equipa com muitos pontos fortes", que dispõe de "jogadores atleticamente poderosos, muito rápidos na frente e que saem muito bem para o contra-ataque", precisamente, uma das maiores armas de Portugal.

O calor e a elevadíssima humidade na Arena Amazónia, será uma espécie de adversário natural no jogo de domingo, mas Miguel Veloso, apesar de esperar um "clima bastante quente" em Manaus, garante que "não servirá de desculpa" para qualquer resultado negativo ou justificado por uma má escolha de quartel-general no Brasil.

Miguel Veloso acredita que, apesar da entrada em falso, "os portugueses estão a 100 por cento com a seleção" e que a equipa será capaz de retribuir essa confiança com uma vitória, mas, para isso, será necessário aprender também com a lição da Espanha, bicampeã europeia e campeã mundial, que foi eliminada ao fim de duas partidas.