Comentário: Messi e Di Maria 'abatem' Suíça aos 118 minutos

Quando o jogo parecia destinado a decidir-se nos penáltis, Palacio roubou a bola a Lichtsteiner e serviu Messi, que “cavalgou” até à entrada da área e assistiu na perfeição o ex-benfiquista para o tento da vitória, com um remate rasteiro e colocado, longe do alcance de Diego Benaglio.

Estava "selada" a vitória da Argentina, seleção que teve quase sempre a bola e criou muito mais ocasiões, perante uma Suíça que, apesar de quase sempre a defender, desperdiçou três oportunidades de “ouro”, por Xhaka (28 minutos), Drmic (39) e Dzemaili, já com os sul-americanos em vantagem (120+1).

Di Maria, que correu, incansável, do princípio ao fim, foi, porém, o único a acertar, colocando a Argentina, campeã em 1978 e 1986, pela 10.ª vez nos oito melhores do Mundo: o próximo obstáculo será a Bélgica ou os Estados Unidos.

Em relação à terceira ronda da fase de grupos, Sabella trocou o lesionado Aguero por Lavezzi, enquanto Hitzfeld não mexeu no “onze”.

A Argentina entrou a assumir o jogo, perante um conjunto helvético muito fechado atrás, com Drmic na frente, e apostado em saídas rápidas para o contra-ataque.

Os sul-americanos foram tentando “furar”, sobretudo em ações de Messi e Di Maria, mas foi a Suíça que quase marcou, aos 28 minutos, quando Romero defendeu com o pé esquerdo um remate frontal de Xhaka, deixado solto na área, após um canto.

Na resposta, aos 29 minutos, Lavezzi rematou fraco e, aos 30, Garay não conseguiu desviar, por pouco, um canto de Di Maria, que, aos 41, também atirou sem força.

Pelo meio, aos 39 minutos, foram, de novo, os suíços a estar perto de faturar, com Shaquiri a isolar Drmic e este a tentar o “chapéu” a Romero, mas a colocar a bola nas mãos do guarda-redes, que ficara “petrificado” na baliza.

Os argentinos entraram com uma jogada perigosa, anulada por Djourou, à qual os suíços responderam, num remate de Drmic, mas, com o passar dos minutos, os sul-americanos instalaram-se no meio-campo contrário.

O encontro passou a ser um “monólogo”, com a Argentina a criar sucessivas oportunidades, nomeadamente por Rojo (59 minutos), Higuain (62 e 67), Messi (67 e 78) e Palacio (75 e 89), entretanto entrado a substituir Lavezzi.

Já nos descontos, aos 90+2 minutos, a Suíça ainda assustou, num cabeceamento de Schär, após livre de Inler, mas o jogo foi mesmo para prolongamento.

No início do tempo extra, Garay e Palacio ameaçaram em dois cabeceamentos, mas, depois, a Suíça conseguiu equilibrar, mesmo que longe da baliza contrária, até ao final da primeira parte do prolongamento, com direito mesmo a alguns “olés”.

A segunda parte do prolongamento foi diferente, com Di Maria, inconformado, ainda em correrias: quase marcou aos 109 minutos, num “tiro” ao qual respondeu Diego Benaglio com enorme defesa, e conseguiu mesmo faturar aos 118.

Sem nada a perder, os helvéticos lançaram-se com tudo no ataque, incluindo o ex-guarda-redes do Nacional, e Dzemaili quase empatou, aos 120+1 minutos, num cabeceamento ao poste direito, após centro de Shaqiri. O ressaltou bateu-lhe e saiu.

Ainda houve tempo para um remate de Di Maria, antes do meio-campo, sem guarda-redes na baliza, que quase aumentou a vantagem da Argentina e para um livre muito perigoso, aos 120+5 minutos, que Shaqiri estatelou na barreira. E o jogo acabou.