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O selecionador de futebol de Portugal negou hoje que as chamadas de Tiago e Ricardo Carvalho sejam "um regresso ao passado" e que seja uma forma de desrespeito para com Paulo Bento, seu antecessor no cargo.
"Tenho um grande respeito pelas decisões que foram tomadas, mas agora é comigo. Respeito muito essas decisões mas tenho as minhas. O passado não interessa. A partir do momento em que a Federação não me deu sinal inibidor, convoco quem eu acho que devo convocar", afirmou Fernando Santos.
O novo selecionador nacional, que falava em conferência de imprensa após ter anunciado a sua primeira convocatória, explicou que Ricardo Carvalho, afastado por Paulo Bento, já cumpriu castigo e que Tiago mostrou disponibilidade para voltar a vestir a camisola das "quinas".
"O Ricardo teve uma atitude menos bonita, esteve de castigo durante um ano e acabou o castigo. Quanto ao Tiago, mostrou-se disponível para voltar. Qual a razão? Isso terão que lhe perguntar", referiu o treinador.
Além destes dois jogadores, destaque para as chamadas de Danny, Cedric, Ricardo Quaresma e Eliseu, para as estreias de Ivo Pinto, José Fonte, Cedric e João Mário e também para as ausências de João Pereira, Miguel Veloso e Raúl Meireles.
"Tenho convicção clara do que vou fazer. Sei o que o quero e os jogadores que me podem servir melhor. Se calhar daqui a um mês outros jogadores podem aparecer, mas não vamos projetar. Vamos pensar no presente", disse Fernando Santos.
O novo selecionador nacional, que desvalorizou o recente problema físico do capitão Cristiano Ronaldo, frisou que está a trabalhar num projeto que espera que tenha um "futuro brilhante" e que quer criar uma equipa com "convicção e confiança".
"Para já estes são aqueles que eu acho que melhor podem servir a seleção nacional. No fim deste ciclo é que vamos saber o que aconteceu", explicou.
Numa altura em que a seleção de sub-21 joga o "play-off" de apuramento para a fase final do Euro2015, Fernando Santos acabou por "roubar" João Mário e André Gomes a essa equipa, uma decisão que avaliou de normal.
"Qualquer jogador que eu entenda que tem possibilidade acima dos 50 por cento de ser usado, eu convoco. Falei com o Rui Jorge [selecionador sub-21] e ele entende por completo a minha decisão", esclareceu.
Portugal joga a 11 de outubro com a França, em Saint-Denis, num particular que marca a estreia de Fernando Santos, e a 14 com a Dinamarca, em Copenhaga, no segundo jogo do Grupo I, desta vez com o novo selecionador luso na bancada, por estar a cumprir castigo.
A seleção concentra-se segunda-feira em Óbidos, partindo para Paris na manhã de sexta-feira.
