Marraquexe em vias de assumir a vaga do Portugal Open feminino

O torneio marroquino de Marraquexe está no “hall de entrada” para preencher o “buraco” deixado pela prova portuguesa, faltando apenas a confirmação definitiva do WTA.

Em 2014, a edição feminina do Portugal Open tinha a “vantagem” mediática de figurar sozinha no calendário. A exclusão da prova permitirá o “avanço” do torneio marroquino, que se disputava na semana anterior.

Na quinta-feira, João Lagos justificou a exclusão do torneio feminino do Portugal Open em ténis como uma “decisão estratégica” para “concentrar todos os recursos” na prova masculina.

“É uma decisão que foi tomada já há algum tempo e que vem agora refletida no calendário. É uma decisão estratégica de interrompermos a realização do torneio feminino para nos concentrarmos no masculino, tendo em vista a austeridade que o país atravessa”, afirmou João Lagos à agência Lusa.

O torneio masculino tem a concorrência, na mesma semana, dos torneios de Istambul e Munique, o feminino seria, à partida, o único no mesmo período do ano, na semana que antecede o torneio de Madrid, que também não está ainda confirmado em definitivo.

Em 2015 disputar-se-ia a edição da “maioridade”, a 18.ª, do torneio feminino, que se estreou em 1998, ainda com o “estatuto” ITF (segundo escalão), consagrando como primeira campeã no Jamor a austríaca Barbara Schwartz.

A jogadora, que se retirou em 2006, com 27 anos, devido a sucessivas lesões, só tem no currículo títulos ITF e como maior glória da carreira os quartos-de-final da edição de 1999 do “Grand Slam” de Roland Garros, no mesmo ano em que atingiu a melhor classificação de sempre no “ranking” (40.ª em novembro).

A campeã em título, a espanhola Carla Suarez Navarro, está atualmente firme no “top-20” (é 19.ª, mas já foi 14.ª há um ano), mas em 2015 ficará impedida de defender os pontos arrecadados no Jamor.

Navarro tem apenas o título em Portugal como troféu do WTA, embora tenha disputado mais cinco finais do circuito, duas delas também no Jamor.