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Primeira Liga: V. Guimarães - Sporting (declarações)

Declarações dos treinadores do Vitória de Guimarães e do Sporting, após o jogo da nona jornada da Primeira Liga, disputado hoje em Guimarães, que terminou com uma vitória dos vimaranenses por 3-0.

Primeira Liga: V. Guimarães - Sporting (declarações)

Rui Vitória (treinador do Vitória de Guimarães): "Os grandes responsáveis pela vitória são os jogadores. São eles que metem a bola dentro da baliza ou evitam que ela entre. Quero dividir estes louros por toda a gente, desde aquela menos visível até mim, na figura que mais representa este grupo. Foi uma vitória categórica, uma noite muito boa para Guimarães, uma noite histórica para o Vitória. Poderiam ter sido ainda mais golos, tais as oportunidades que tivemos na cara do guarda-redes para finalizar, numa exibição que me parece fantástica. Houve uma disponibilidade e uma irreverência que não é normal no futebol português. Quando estas coisas acontecem, tenho de ser o primeiro a dizer que foram fantásticos, que fizeram uma exibição memorável.

Quando se ganha a uma equipa como o Sporting, temos de ficar satisfeitos. Ganhar 3-0, ter várias oportunidades de golo, poder acrescentar ainda mais golos é ainda mais engraçado e agradável. Quanto ao terceiro lugar, não tenho qualquer preocupação. Queremos sempre somar três pontos em todos os jogos.

As chaves foram a grande concentração em termos de processo defensivo, uma grande agressividade logo na fase em que o Sporting entrava no meio-campo. Depois sabíamos que, estando com o marcador a nosso favor, a nossa equipa, a qualquer momento, dispara para o ataque. Só jogaram dois jogadores da equipa base do ano passado, o André e o Tomané, mas a rapaziada solta-se, não tem qualquer preconceito e isto acaba por acontecer de vez em quando.

Não querendo ferir o que quer que seja, vocês, comunicação social, foram os grandes aliados, porque parecia que, durante a semana, havia um primeiro, um segundo e um quarto classificados, mas não um terceiro. É importante que se realce não só do Vitória, mas de muitas equipas que, neste contexto competitivo, ainda se conseguem intrometer em equipas muito fortes, em termos orçamentais. Benfica, Porto e Sporting são quem vende, mas sentimos isso e reagimos.

Há um compromisso grande entre todos nós. São 11 jogadores lá dentro, mas depois isto é extensível a muita gente. O conceito de equipa é extensível a muita gente que colabora. Não é fácil jogar no nosso estádio, quando as coisas não estão bem, mas criámos um ambiente favorável a que todos rendam. Havendo qualidade nos jogadores e, às vezes, só é preciso dar-lhes uma oportunidade, enquadrá-los e acreditar. Claro que não acreditamos em jogadores que não têm potencial.

Temos de deixar sair jogadores, porque é o caminho natural da vida, mas a máquina está, de certa forma, montada para que alguma eventual saída não se note muito.

[Sobre o melhor arranque de sempre do Vitória de Guimarães] Estamos a falar de treinadores [Mário Wilson] que são emblemáticos para o futebol português e para o Vitória. Não estou preocupado com classificações, não estou preocupado com cenários, estou preocupado apenas com o próximo jogo. Mas claro que fico satisfeito em meu nome e em nome da equipa técnica".

Marco Silva (treinador do Sporting): "Primeiro de tudo, quero dar os parabéns ao Vitória. Venceu de forma justa. Estávamos alertados para que, na primeira parte, enquanto não aparecesse desgaste, o jogo fosse um pouco isto: uma equipa muito pressionante, a não dar muito espaço, que, mesmo não precisando de construir muito, é muito perigosa na segunda bola. O que é certo é que o Vitória, na primeira parte, foi muito mais agressivo do que nós e, na segunda, também. Nem todos os jogos se ganham na qualidade, mas houve outros aspetos em que tínhamos de estar ao mesmo nível do Vitória, nomeadamente na agressividade e na atitude. O jogo estava muito equilibrado e disputado, e, em dois cantos, permitimos que o adversário fizesse dois golos da mesma forma, em dois lances iguais, em duas desatenções claras.

A primeira parte resume-se a isto: não houve nenhum remate por parte das equipas. Mesmo com as alterações ao intervalo, onde tentámos arriscar um pouco mais, a equipa teve muito mais coração do que cabeça, sem grande discernimento na posse de bola. Criámos uma situação pelo Slimani. Com um golo, talvez a equipa voltasse a acreditar, mas não aconteceu. O Vitória, em transições, foi criando alguns lances de perigo. Houve mérito do Vitória, mas bastante demérito nosso.

Não vou individualizar. Quando as coisas não correm bem, também não gosto de o fazer. A nossa equipa não esteve ao nível que tem de estar. Houve muita disputa no ar, muita segunda bola, muitas faltas. Mas houve predicados que não tivemos, e não foi por um outro jogador ter estado ao nível. Muitas vezes, não se ganham jogos na qualidade, mas com outros predicados que são importantes no futebol

[Sobre os nove golos sofridos nos últimos três jogos] É preocupante. Não o escondo. Tirando o jogo de hoje, sofremos quatro golos na Alemanha, a jogar uma hora com menos um, e dois desses golos nem deviam ter sido validados. Em relação ao jogo de hoje, temos de o assumir. Sofremos dois golos iguais que não podemos sofrer. Tivemos mais um penálti contra que dá o terceiro golo ao Vitória. Estávamos no caminho certo e tivemos um percalço que não deveríamos ter.

Pelo menos, vamos ter um jogo rapidamente. É a forma menos dolorosa de emendar o resultado de hoje. Temos de assumir os nossos erros. O caminho não é baixar a moral. Há que melhorar nos próximos jogos. Temos de olhar para o jogo com seriedade e perceber que não fomos a equipa que temos sido para dar uma resposta diferente na quarta-feira.

Não é o lugar que queríamos. Antes de começar esta jornada, aproximámo-nos. É trabalhar cada vez mais. É melhorar o que não fizemos tão bem. É tentar os próximos jogos, para nos aproximarmos cada vez mais".

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