Comentário: Paços vence Penafiel com reviravolta nos últimos minutos

Os pacenses, quase sempre por cima no encontro, estiveram a perder até aos 88 minutos, depois do tento de João Martins, anotado aos 61, mas Cícero e Ferreira, este na própria baliza, aos 90, devolveram os locais às vitórias, que ainda desperdiçaram uma grande penalidade (Rodrigo Galo acertou no ferro e Seri falhou a recarga).

Com este triunfo, o segundo dos pacenses na receção aos penafidelenses em três jogos disputados na ‘Capital do Móvel' para a I Liga, o Paços ascendeu provisoriamente a sexto lugar, com 29 pontos, enquanto o Penafiel caiu para o último lugar, com os mesmos 13, por troca com o Gil Vicente, que venceu na Madeira o Marítimo, por 2-1.

As duas equipas apresentaram-se em campo com quatro alterações relativamente à última jornada: Fábio Cardoso, Nélson Pedroso, Rúben Pinto e Hurtado surgiram no ‘onze’ do Paços de Ferreira, enquanto Tiago Valente, Nelson Lenho, Rafa e Guedes foram as novidades na equipa inicial do Penafiel.

O Paços teve mais iniciativa, como se esperava, mas o adiantamento estratégico de Sérgio Oliveira, por troca com Rúben Pinto, não surtiu o efeito desejado, e obrigou o camisola ‘10’ a recuar para ter bola e organizar o jogo ofensivo da equipa.

Sem velocidade nas alas e com laterais mais contidos no apoio ao ataque, os locais privilegiavam o jogo interior, facilitando a missão de um Penafiel pouco atrevido e que se sentia confortável a jogar atrás da linha da bola.

Numa primeira parte monótona, o único lance de registo foi protagonizado pelos pacenses, aos 36 minutos, numa iniciativa de Sérgio Oliveira e envolvimento de Vasco Rocha e Hurtado, ficando dúvidas numa eventual intervenção com o braço de um defesa do Penafiel.

Os pacenses voltaram a entrar mais determinados no segundo tempo e Rúben Pinto, aos 48, falhou, de forma incrível, a emenda a um cabeceamento de Cícero.

Este lance antecedeu a lesão de Sérgio Oliveira, até aí o jogador mais esclarecido dos pacenses, e o lance da grande penalidade, por alegada entrada faltosa de Tony sobre vasco Rocha, mas, na cobrança da falta, Rodrigo Galo acertou no ferro da baliza e Seri falhou a recarga (foi o quarto penálti desperdiçado esta época pelos locais no campeonato).

Praticamente na resposta, um pouco contra a corrente do jogo, o Penafiel chegou à vantagem, depois de Quiñones ter desmarcado Rafa, que rematou para uma defesa incompleta de Rafael Defendi, para a frente, aproveitada por João Martins, para inaugurar o marcador.

Paulo Fonseca arriscou no ataque, "sacrificando" o central Fábio Cardoso pelo avançado Bruno Moreira, mas o Penafiel, com as linhas ainda mais recuadas, parecia ter o jogo controlado.

Bruno Moreira e Minhoca deixaram o aviso aos 86 minutos, falhando o golo a poucos metros da baliza, mas dois minutos volvidos, Cícero aproveitou um livre de Nelson Pedroso na direita e, com alguma sorte, restabeleceu a igualdade.

Ainda os adeptos locais festejavam o mal menor que seria o empate e Nelson Pedroso, num lance idêntico, do mesmo lado, levantou para a área e Ferreira, ao tentar o corte, introduziu a bola na própria baliza, "traindo" o guarda-redes Coelho, e estabeleceu o resultado final.