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Luís Figo quer entregar 50% das receitas da FIFA às federações

O ex-futebolista português Luís Figo, candidato à presidência da FIFA, defendeu hoje, na apresentação do programa da sua candidatura, que 50 por cento das receitas do organismo devem ser entregues às federações nacionais.

Luís Figo quer entregar 50% das receitas da FIFA às federações

Num evento que decorreu no Estádio do Wembley, em Londres, Figo voltou a frisar que o futebol lhe deu muito e que lhe custa ver a degradação da imagem da FIFA, liderada há 17 anos pelo suíço Joseph Blatter, também candidato.

“Ao longo dos últimos meses e anos tenho visto a imagem da FIFA a degradar-se. Jogadores, diretores, treinadores, todos me dizem que algo deve mudar”, salientou o antigo jogador de Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter Milão.

Figo salientou não ser alguém para ficar de braços cruzados, daí a sua necessidade em atuar: “acredito num novo estilo de liderança, que pode trazer a transparência (...). Tem de se fazer mudanças estruturais fundamentais”.

O ex-futebolista, o mais internacional de sempre na seleção portuguesa, com 127 presenças, mostrou algumas ideias do seu manifesto, referindo que, se for eleito, investirá no futebol e na distribuição de dinheiro às federações.

Nesse sentido, Figo defendeu que "50 por cento das receitas da FIFA - ou seja 2,5 mil milhões de dólares - devem ser distribuídos pelas federações nacionais" nos próximos quatro anos.

Por outro, o ex-jogador entende que 500 milhões de dólares são suficientes para assegurar os custos operacionais da FIFA, pelo que propõe que "mil milhões de dólares [do fundo de reserva] sejam devolvidos às federações".

O antigo jogador referiu ainda que esse processo será “auditado”, de forma que o dinheiro tenha o destino certo, num investimento no futebol e na expetativa que a prática da modalidade, com jovens registados, aumente até 10 por cento.

“Se for feito da maneira certa o investimento aumentará as oportunidades no mundo inteiro, todo o financiamento será auditado para assegurar que o dinheiro é utilizado corretamente”, salientou o ex-jogador.

No seu manifesto Figo falou também em alterações às leis de jogo, nomeadamente na discussão do fora de jogo, e mostrou ser um defensor da tecnologia da linha de golo, que gostaria de ver implementada.

Figo lembrou que é oriundo de um bairro social na margem sul de Lisboa e que no futebol, que lhe deu tudo, é independente, não devendo nada a ninguém. Por isso quer também mais oportunidades e condições para os jovens jogadores, defendendo que 50 por cento do fundo de solidariedade deve ser aplicado na criação de infraestruturas para o futebol de formação.

O antigo Bola de Ouro concorre à presidência da FIFA frente ao atual presidente, Joseph Blatter, ao príncipe jordano Ali bin Al Hussein, um dos vice-presidentes do organismo, e ao presidente da Federação Holandesa, Michael van Praag.

As eleições para a presidência do organismo que rege o futebol mundial realizam-se a 29 de maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.

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