O francês Michel Platini dirigiu hoje o seu discurso, pouco minutos depois de ser reeleito por aclamação presidente da UEFA, para a FIFA, pedindo perfeição ao organismo que gere o futebol mundial.
Platini, que hoje foi reconduzido, sem oposição, para o terceiro mandato à frente da UEFA, é automaticamente designado vice-presidente da FIFA, liderada pelo suíço Joseph Blatter, por inerência de funções.
Logo após ser eleito e receber os aplausos dos membros das 54 federações europeias, Platini dirigiu-se a uma plateia onde estava Joseph Blatter e falou das relações entre o organismo europeu e mundial.
“Sinceramente adoramos a FIFA. Toda a comunidade do futebol europeu adora a FIFA e é precisamente por a amarmos e respeitarmos que queremos que seja perfeita”, salientou Platini, sem especificar em relação ao que falava.
A FIFA atravessa um período conturbado e de alguma contestação, face às polémicas em torno de alegadas ilegalidades nas atribuições dos mundiais da Rússia (2018) e do Qatar (2022) e terá eleições em maio.
Platini salientou que é vice-presidente da FIFA para mais quatro anos e que existem alguns que querem “isolar a arrogante e egoísta Europa”, fazendo crer que FIFA e UEFA estão de costas voltadas.
“Não acreditem em tudo que é dito, alguns podem querer virar-nos uns contra os outros, dividir para reinar”, salientou o francês, mas sem, uma vez mais, concretizar as acusações.
Um discurso no qual Platini aproveitou também para agradecer e congratular as federações europeias que permitiram candidaturas individuais à presidência da FIFA, à qual concorrem, além de Blatter, o português Luís Figo ou o holandês Michael Van Praag, além do jordano Ali bin Al Hussein.
“Num sistema fechado, no qual não se permitiria que se candidatasse alguém que não o presidente, vocês assumiram posições públicas e é um facto assinalável”, referiu o responsável da UEFA.
Os três candidatos, além de Blatter, às eleições da FIFA [a 29 de maio] receberam o apoio mínimo de cinco federações.
O ex-futebolista português Figo conta com o apoio oficial da Dinamarca, Montenegro, Polónia, Macedónia, Luxemburgo e Portugal.
“Parabéns a vocês [membros da UEFA], é um sinal de grande cultura democrática e espírito livre, que muitos nos devem invejar”, concluiu o francês.