O ex-futebolista internacional português e candidato a presidente da FIFA, Luís Figo, Bola de Ouro em 2000, apelou hoje, em Viena, a uma maior democratização do organismo que tutela o futebol mundial.
“Há margem para melhorar”, defendeu Luís Figo, que apresentou as propostas da sua candidatura à presidência da FIFA aos delegados que assistiram ao congresso da UEFA, que decorreu em Viena.
De entre os aspetos que Luís Figo sugere melhorar conta-se o investimento no futebol de formação e a democratização do organismo, explicando que as federações nacionais se deveriam envolver mais no processo de tomada de decisão.
“Sou candidato à presidência da FIFA pelo meu mais profundo desejo de melhorar a forma como o futebol é gerido”, defendeu Luís Figo, acrescentando que tem sido academicamente preparado para enfrentar este desafio.
Luís Figo, que pretende abrir o debate sobre o alargamento das seleções que disputam o Mundial, presentemente de 32, defendeu que quer devolver ao futebol um pouco do que a modalidade lhe deu.
“O futuro do futebol é o que me trouxe até aqui", disse Luís Figo, acrescentando que não irá fazer uma campanha baseada no descrédito dos outros candidatos, porque a eleição não é uma campanha contra ninguém em especial.
A 29 de maio, em Zurique, o atual presidente da FIFA, Joseph Blatter, de 79 anos, irá apresentar-se a um quinto mandato à frente do órgão que tutela o futebol mundial.
“A FIFA não deveria depender de um presidente, isso não é saudável em nenhuma empresa ou organização”, defendeu Luís Figo, que apelou aos delegados presentes um maior envolvimento na vida da organização.
Os outros candidatos à presidência da FIFA são o príncipe jordano Ali bin Al-Hussein, um dos vice-presidentes da organização, e Michel van Praag, presidente da federação holandesa.