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LC: Futre mostrava final de Viena e lembra palestra de Artur Jorge

O antigo futebolista Paulo Futre mostraria ao atual plantel do FC Porto a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986/87, em que os ‘dragões’ derrotaram o Bayern Munique, depois de uma palestra “inesquecível” de Artur Jorge.

LC: Futre mostrava final de Viena e lembra palestra de Artur Jorge

“Acho que os jogadores do FC Porto têm de ter a motivação que tivemos em 1987. Se eu fosse o (Julen) Lopetegui, mostrava aquele jogo, porque se foi possível na altura, porque não nesta. Ok, foi só um jogo e agora são dois. Talvez seja ainda mais difícil, mas, em todo o caso, pode motivá-los”, afirmou Futre, em declarações à agência Lusa.

O antigo internacional português recordou a final disputada em Viena, onde o FC Porto venceu pela única vez o colosso alemão, por 2-1, com golos de Madjer e Juary, na segunda parte, recuperando da desvantagem conferida pelo golo de Kogl, mas sobretudo as palavras do então treinador dos ‘azuis e brancos’, Artur Jorge.

“Aquela palestra do intervalo foi a mais incrível que me deram em toda a minha carreira, foi o discurso de um génio. Estávamos a perder, com o moral em baixo e ele teve um discurso fortíssimo, que nos tocou na alma, com palavras inesquecíveis”, reconheceu.

Sem hesitar, Futre recordou, num fôlego, a mensagem do ‘rei’ Artur: “Ele chegou ao balneário, tirou o casaco, tirou a gravata, arregaçou as mangas e disse: olhem para mim - porque estávamos cabisbaixos -, isto não é um sonho, têm 45 minutos para entrar na história”.

“Eu acho que as palavras foram a chave, juntamente com a entrada do Juary, e rebentámos com os alemães. Fomos muito superiores e conseguimos anulá-los completamente”, salientou.

Antevendo a eliminatória dos quartos de final da Liga dos Campeões com a formação bávara, cujo primeiro encontro está marcado para quarta-feira, a partir das 19:45, no Estádio do Dragão, no Porto, Futre admitiu comparações com essa final.

“Eu acho que é muito passível, especialmente para o adepto do FC Porto, de ser comparado a 1987, por pensar que é algo impossível e inalcançável, mas o futebol é assim e tudo é possível. Claro que continuam a ser favoritos, como eram na altura, mas há poucas semanas tiveram um dia mau e perderam e agora podem ter um ou dois dias maus”, referiu à Lusa.

O antigo extremo, que além do FC Porto passou por clubes como Atlético de Madrid, Sporting, FC Porto, Benfica, AC Milan e Marselha, recordou que, “na época passada, (o Bayern) baixou muito nesta altura do ano, depois de uma época espetacular”, para justificar a possibilidade de os ‘dragões’ poderem avançar para as meias-finais da ‘Champions’.

Futre considera que esta é mais “uma oportunidade de ouro” para os jogadores ‘azuis e brancos’ entrarem na história, recordando que “durante a história maravilhosa do FC Porto, só três equipas conseguiram lá chegar”.

O ex-futebolista destaca no plantel dos ‘dragões’ Brahimi, “que sozinho pode ganhar um jogo”, Óliver, que considera estar a ser “o homem do campeonato”, a par do benfiquista Jonas, assim como Jackson Martinez e Ricardo Quaresma, numa equipa que, “ultimamente, melhorou muito defensivamente”.

Além do embate entre FC Porto e Bayern, os ‘quartos’ da Liga dos Campeões promovem a reedição da final de Lisboa, entre os rivais Atlético de Madrid e Real Madrid, naquela que será, segundo Futre, mais uma oportunidade de os ‘colchoneros’ brilharem.

“Vai ser uma grande batalha, vai ser tremendo. A eliminatória vai ser decidida no Bernabéu, mas nós, do Atlético, não podemos guiar-nos pelos jogos deste ano, que nos dariam o favoritismo porque ganhámos quase todos (quatro triunfos e dois empates). Vão ser batalhas diferentes e eu acho que podem repetir a história”, frisou à Lusa.

Depois de ter reconhecido que um ‘nulo’ no Dragão seria um bom resultado para o FC Porto, Futre apontou a mesma receita para o dérbi de Madrid, a disputar na terça-feira.

“Não me esqueço de que, no ano passado, contra o FC Barcelona, no Calderón, os primeiros 20 minutos foram os melhores da história do Atlético de Madrid. Demos um banho de bola, foi uma coisa incrível. Temos sempre aquela fé de conseguir meia hora de outro mundo, mas o mais importante é não sofrer golos, por isso, eu assinava agora o 0-0”, rematou.

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