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Figo diz que eleição na FIFA «não é um ato eleitoral normal»

O português Luís Figo desistiu hoje da corrida à presidência da FIFA por considerar que “não é um ato eleitoral normal” e comparou o atual estado do organismo que rege o futebol mundial a uma “ditadura”.

Figo diz que eleição na FIFA «não é um ato eleitoral normal»

“Este processo eleitoral é tudo menos isso, uma eleição. Este processo é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem, algo que me recuso a caucionar. É por isso que, após ter refletido de forma individual e partilhando opiniões com dois outros candidatos neste processo, entendo que o que vai acontecer dia 29 de maio em Zurique não é um ato eleitoral normal. E não sendo, não contam comigo”, afirmou Figo em comunicado.

O antigo capitão da seleção portuguesa apontou a ausência de um programa eleitoral por parte Joseph Blatter, a inexistência de debates e impossibilidade de os candidatos poderem intervir nos congressos da FIFA, em que apenas o atual presidente tinha direito à palavra.

“Mantenho a minha vontade de participar ativamente numa regeneração para a FIFA e estarei disponível para ela sempre que me demonstrem que não vivemos em ditadura. Não receio eleições, antes não pactuo nem cauciono um processo que se concluirá dia 29 de maio e do qual o futebol não sairá a ganhar”, reforçou.

Figo revelou que, nos últimos meses, assistiu a “episódios consecutivos, em diversos pontos do planeta, que devem envergonhar um futebol livre, limpo e democrático”.

“Vi eu presidentes de federação que num dia comparavam os líderes da FIFA ao diabo e no outro subiam ao palco a comparar as mesmas pessoas a Jesus Cristo. Ninguém me contou. Fui eu que presenciei”, frisou.

O antigo futebolista de Inter de Milão, FC Barcelona, Real Madrid e Sporting não se arrepende de ter avançado com a candidatura, apesar da desistência, e continua a defender que uma “mudança na FIFA é urgente”.

“Viajei e conheci gente extraordinária, que reconhecendo o valor de muitas das coisas que foram feitas, também se identifica com esta necessidade de mudança, que limpe a FIFA do selo de organização obscura e tantas vezes olhada como espaço de corrupção”, disse.

O anúncio de Figo surge horas depois de o holandês Mitchell van Praag ter desistido, anunciando o apoio ao jordano Ali bin Al Hussein, que se mantém na luta com o atual presidente, o suíço Joseph Blatter.

As eleições para o organismo que rege o futebol mundial estão marcadas para 29 de maio, em Zurique.

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