Portugal nas meias-finais do Europeu de sub-21 com empate 'olímpico'

Em Uherske Hradiste, na República Checa, a formação comandada por Rui Jorge adiantou-se aos 82 minutos, pelo suplente Gonçalo Paciência, para, aos 89, Simon Tibbling, também saído do banco, empatar, num tento que nada mudou para Portugal, mas qualificou os suecos e eliminou a Itália.

Na globalidade, o empate é o resultado certo, pois Portugal começou melhor, a prometer marcar cedo, mas não passou das ameaças e, depois, o jogo foi quase sempre equilibrado, com os suecos a serem capazes, no final, de responder ao golo luso.

Conseguido o primeiro objetivo, o apuramento olímpico, Portugal, que continua sem perder (11 vitórias e dois empates, contando com a qualificação), vai disputar o acesso à final com a Alemanha, na tentativa de repetir 1994 – então perdeu o cetro para a Itália, por culpa de um ‘golo de ouro’.

Para o decisivo encontro do Grupo B, Rui Jorge recuperou o ‘onze’ da estreia (1-0 à Inglaterra), voltando a apostar em Ricardo e Ivan Cavaleiro para ao ataque, em detrimento de Rafa e Carlos Mané, titulares face à Itália (0-0).

Mesmo necessitando apenas do empate, Portugal entrou ao ataque, à procura do golo, e criou rapidamente três ocasiões, mas William Carvalho, isolado, não rematou (07 minutos) e Sérgio Oliveira (14) e Ricardo Pereira (16) atiraram por cima.

Depois, o jogo equilibrou, com o benfiquista Lindelöf a efetuar o primeiro remate dos suecos, de cabeça, após um livre (28 minutos) e Portugal a conseguir apenas mais um remate, e sem perigo, até ao intervalo, por Ivan Cavaleiro (36).

Com a Itália a vencer a Inglaterra por 2-0, ao intervalo do outro jogo, o empate apurava Portugal e Suécia e, por isso ou não, a segunda metade começou ‘morna’, com as duas formações a dividirem as ameaças no primeiro quarto de hora.

Sérgio Oliveira rematou por cima, aos 49 minutos, e Bernardo Silva às malhas laterais, aos 54, com os suecos a responderem num cabeceamento por cima de Kiese Thelin, aos 51, e num remate fraco de Khalili, em excelente posição, aos 58.

Obrigado a trocar Ilori (lesionado) por Tobias Figueiredo, aos 29 minutos, Rui Jorge lançou o ponta de lança Gonçalo Paciência aos 58, no lugar de Ivan Cavaleiro, trocando o ‘4-4-2’ pelo ‘4-3-3’, com Bernardo Silva na direita.

Mais à frente, aos 74 minutos, foi lançado Iuri Medeiros (saiu o desgastado Ricardo Pereira), que ‘mexeu’ com o jogo, com um remate perigoso, aos 76, e a assistência para Gonçalo Paciência marcar, à entrada da área, após bom trabalho individual, aos 82.

O golo pouco mudava para Portugal, mas afastava a Suécia, que, com grande ‘coração’, lançou-se no ataque e quase marcou aos 84 minutos, por Tibbling, e aos 87, por Guidetti, valendo José Sá, na segunda situação complementado por Esgaio.

Os nórdicos acabariam, porém, por ser premiados aos 89 minutos, com Tibbling a ‘furar’ na área lusa e a bater José Sá, com um colocado remate de pé esquerdo, que fez a bola entrar junto ao ângulo inferior direito.

Com a Itália a vencer a Inglaterra por 3-1, o empate servia a Portugal e à Suécia, pelo que o jogo acabou ai, com a equipa lusa no seu meio campo a trocar a bola e os suecos no seu, apenas a ver e à espera do último apito do árbitro, que não tardou.