Crónica: Boavista voltou aos pontos com empate perante o Estoril

Na estreia do boliviano Erwin Sanchez como seu treinador, os ‘axadrezados’ marcaram primeiro, por Uche Nwofor (25), depois ficaram reduzidos a 10 jogadores porque Samuel Inkoom foi expulso (34) e, por fim, viram Léo Bonatini empatar de grande penalidade já nos descontos da primeira parte (45+2).

Sánchez chegou apenas há cinco dias ao Bessa, mas foi possível ver já um com um estilo menos frenético do que na era Petit, procurando ter a bola mais tempo, sair para o ataque de forma organizada e não se desequilibrar para não ser surpreendido.

Douglas Abner podia ter marcado aos 04 minutos, após um livre cobrado por Anderson Correia e uma assistência de Paulo Vinicius, mas o avançado brasileiro, a poucos metros da baliza estorilista, cabeceou sobre a barra.

Na baliza, o Boavista apresentou Gideão em vez de Mika e os primeiros sinais não foram famosos, visto que o guardião brasileiro mostrou insegurança largando uma bola que parecia fácil (11).

O Estoril, que não vence para o campeonato desde setembro, quando, na sexta jornada, bateu o União da Madeira, por 2-1, arriscou sempre pouco e aos 25 minutos pagou caro uma intervenção defeituosa do central brasileiro Diego Carlos, que Uche Nwofor aproveitou da melhor forma fazendo o 1-0 com um grande remate.

Depois, Samuel Inkoom entrou em cena pelos piores motivos: primeiro fez um atraso imprudente para o seu guarda-redes, que Gerso não intercetou por muito pouco, e no minuto seguinte viu o segundo amarelo, foi expulso e deixou a sua equipa em inferioridade numérica durante cerca de uma hora.

O jogo mudou a partir daí, porque o Boavista recuou para junto da sua baliza e praticamente deixou de atacar, ao passo que o Estoril-Praia arriscou mais no ataque, em busca da igualdade, que chegou através de uma grande penalidade por alegada mão na bola de Henrique.

Indiferente aos muitos protestos boavisteiros, Léo Bonatini aproveitou e fez o 1-1.

O Estoril dominou boa parte do segundo tempo, procurou quase sempre atacar pelo flanco direito e foi daí, num cruzamento de Babanco, que quase chegou ao 1-2, num lance em que Henrique não fez autogolo por muito pouco.

O Boavista resistiu ao assédio estorilista e, no último quarto de hora, conseguiu mesmo atacar com algum perigo, como aconteceu num contra-ataque rápido que Zé Manuel, em posição frontal à baliza de Kieszek, finalizou com um remate para fora (75).

Nos instantes finais, o Boavista ainda pediu penálti por derrube de Zé Manuel na área contrária, mas foi em vão e o jogo terminou assim, com um ponto para cada equipa.

O Boavista, que não ganha para o campeonato desde a quinta jornada, 20 de setembro, quando foi a Coimbra bater a Académica, por 2-0, tem agora dez pontos e o Estoril-Praia, que hoje pecou por falta de ambição, soma 16.