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Inglaterra: Jornal «põe» Mourinho em Itália e plantel contra Ballack

O jornal britânico The Sunday Times noticia hoje um ambiente de crise no Chelsea, afirmando que o treinador José Mourinho pode sair no final da época para Itália e que o plantel critica severamente o futebolista alemão Michael Ballack.

De acordo com o jornal, a crescente irritação e frustração dos jogadores do Chelsea com os mais recentes resultados - três empates seguidos e oito golos sofridos em quatro jogos da Primeira Liga - podem levar o técnico português a deixar Londres e assinar por um clube italiano, a Juventus de Turim ou o Inter de Milão.

Nesse caso, Mourinho poderia ser substituído por Guus Hiddink, actual seleccionador da Rússia, mas hoje mesmo o presidente da União Russa de Futebol (UFR), Vital Mutkó, descartou a hipótese de o holandês se mudar para o clube do magnata russo Roman Abramovich.

''Hiddink tem um contrato, é o treinador da nossa selecção e ninguém pode estudar a sua candidatura a uma eventual transferência enquanto esse contrato continuar vigente'', disse Mutkó à rádio Eco de Moscovo.

A agência oficial russa Itar-Tass afirma que o contrato de Hiddink com a UFR vigora até ao Verão de 2008 e rende ao treinador holandês um salário anual de dois milhões de euros, que são pagos pelo próprio Roman Abramovich, através da sua Academia Nacional de Futebol.

O The Sunday Times adianta que Michael Ballack, o futebolista mais bem pago de Inglaterra a par do seu companheiro de equipa ucraniano Andrei Shevchenko, esta época contratado aos italianos do AC Milão, está a ser fortemente contestado pelo plantel do Chelsea.

Segundo o jornal, o médio francês Claude Makélelé e o avançado costa-marfinense Didier Drogba estão entre os mais críticos do capitão da selecção alemã, que é considerado pelo treinador dos campeões ingleses um dos ''intocáveis'' da equipa.

''Não escolho os jogadores pelo que dizem os adeptos ou os comentários na Imprensa, mas tendo por base a minha própria análise da equipa. As minhas análises são científicas e, de acordo com a minha visão e o meu conhecimento do jogo, Ballack é de momento intocável'', disse Mourinho recentemente.

As alegadas críticas dos futebolistas do Chelsea a Ballack apontam, nomeadamente, o seu pouco comprometimento com as tarefas defensivas, a sua lentidão e a sua falta de automatismo no ataque.

Tal como o ponta-de-lança Shevchenko, Ballack, que terminou o contrato que o ligava ao Bayern de Munique no final da última época, não tem conseguido em campo uma prestação à altura do estatuto de superestrela com o qual chegou ao Chelsea, no Verão.

Segundo estudos citados pelo The Sunday Times, Ballack está longe do nível dos jogadores de elite da Liga dos Campeões, lote que em Inglaterra apenas tem como representantes Frank Lampard (Chelsea), Paul Scholes (Manchester United) e Gilberto Silva (Arsenal).

Mas Ballack justifica-se com a forma como é servido pelos seus companheiros: ''Gostaria que houvesse mais passes pelo ar para poder rematar. No Bayern de Munique a táctica era idêntica, mas havia muitos mais passes''.

Os fracos resultados do Chelsea na quadra natalícia, que deixaram os ''blues'' a seis pontos do Manchester United, líder da Primeira Liga inglesa, fizeram nascer rumores de crise no seio do plantel do Chelsea.

O técnico português negou, no entanto, os rumores de crise após a vitória de sábado (6-1) sobre o Macclesfield, da IV Divisão, em jogo da Taça de Inglaterra.

''As pessoas aqui e em Portugal falam do meu 'período mais sombrio'. Isso significa que o período negro da minha carreira são três empates consecutivos, estar no segundo lugar no campeonato e estar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, nas meias-finais da Taça da Liga e nos 16 avos-de-final da Taça de Inglaterra'', disse.

LUSA

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