Primeira Liga: Sporting – União da Madeira (declarações)

Jorge Jesus (treinador do Sporting): "O objetivo foi alcançado. Era vencer. Não importa por quantos. A partir do momento que aos 35 minutos se consegue fazer dois golos, com futebol de grande dinâmica, se pensou que o Sporting podia partir para uma goleada. Isso não aconteceu.

O Sporting fez uma excelente primeira parte. Na segunda houve uma quebra de intensidade e a equipa foi mais calculista. Era importante fazer mais um golo ou dois, mas também era importante não sofrer golos. Defensivamente a equipa esteve muito bem.

Bryan Ruiz é um jogador que tem jogado mais vezes que os outros. Não lhe assiste o direito de ser titular. Entendi que ele não deveria jogar de início. Houve fatores, que não interessa falar aqui, que me levaram a tomar essa decisão.

Financeiramente, é muito importante ter garantido o acesso à Liga dos Campeões. A pré-época também é diferente. É muito bom ter garantido o acesso direto e não ter de discutir uma pré-eliminatória.

Gostaria que a equipa fizesse mais golos. Neste momento, temos de jogares com todos os pormenores. É importante não correr determinados riscos e em determinados momentos os jogadores do Sporting colocaram ‘gelo no jogo'.

Já há muitas jornadas que vinha dizer que o título vai ser discutido até ao fim. O facto de ir ao Porto e o FC Porto estar fora do acesso direto à Liga dos Campeões é bom. Há muitos anos que isso não acontece.

Não sei se este jogo com o FC Porto será decisivo. Para já, o nosso rival tem menos um jogo. Penso que não vai ser decisivo para nenhum dos dois. Só se torna decisivo porque estamos a caminhar para a reta final e não há margem para erro. Está apertado.

Se ficar em segundo, não fico satisfeito. Fico triste. Pelo que fizemos ao longo do campeonato, merecemos ser campeões. Quero acreditar que fico em primeiro. Em oito meses, já paguei o meu contrato de três anos. O apuramento da Liga dos Campeões já pagou para estar quatro anos à sombra da bananeira”.

Norton de Matos (treinador do União da Madeira): “O Sporting, jogando em casa neste ambiente de grande dinamismo, foi superior na posse de bola e no controlo do jogo.

A nossa estratégia passava por tentar adiar o golo do adversário. Sofremos o primeiro golo de forma muito consentida. Pouco depois, sofremos o segundo golo. Podíamos também ter empatado, mas Rui Patrício fez uma grande defesa.

Na segunda parte tivemos a oportunidade para fazer o 2-1. O Sporting venceu bem. Não há nada a apontar aos meus jogadores.

Há uma diferença abismal entre União da Madeira e Sporting. Não há nada a dizer contra a lógica do jogo. Houve coisas boas. Estes ambientes também fazem crescer jogadores.

Quando há objetivos principais (manutenção) há uma estratégia que as pessoas têm de perceber. Acho que é uma hipocrisia esta suspeita que há à volta dos jogos. Provámos, nos jogos contra o Benfica e Sporting, que lutámos sempre.

Amilton sabia que se visse um cartão amarelo saia do jogo. A frustração foi mais pelo cartão amarelo que por ter saído. A nossa grande finalíssima é no próximo domingo (Académica). Para mim, como treinador, a maior recompensa que podemos ter era conseguir pontuar aqui. Isso não foi possível. A Académica é o nosso adversário direto. Temos mesmo de ganhar. Se conseguirmos ficaremos com mais cinco pontos. Neste momento, não há volta a dar.

Estamos há 11 jogos sem ganhar. Jogando os tais jogadores que hoje tiveram ausentes. Não há uma relação com o resultado. Num jogo contra o Sporting, neste palco, não preciso de motivar os jogadores. Todos eles jogaram a 120 porcento. Esta foi a imagem da equipa”.