O Bayern Munique liderou o campeonato alemão de futebol de início ao fim e, apesar da réplica do Borussia Dortmund, conquistou, como anunciado, o seu quarto título consecutivo e terceiro sob o comando de Pep Guardiola.
Na época de despedida do técnico catalão, que no início de fevereiro foi confirmado no Manchester City para os próximos três anos, o conjunto bávaro arrancou com 10 triunfos, ‘cavando’ uma vantagem que, depois, soube gerir, mesmo sem grande brilhantismo, também por culpa das lesões.
Após 10 rondas, a concorrência estava, praticamente, reduzida ao conjunto de Dortmund (a sete pontos), que, sob o comando de Thomas Tuchel, sucessor de Jürgen Klopp, nunca conseguiu, verdadeiramente, pressionar o Bayern.
A prova ficou, praticamente, decidida à 25.ª jornada, a ‘longas’ 10 do final, quando os bávaros empataram a zero em Dortmund, mantendo-se com cinco pontos de avanço, o mínimo que tiveram desde a oitava ronda, precisamente quando golearam em casa os rivais por 5-1.
Robert Lewandowski e Thomas Müller ‘bisaram’ nesse encontro, numa época em que formaram uma dupla fortíssima: 29 golos do polaco, que deverá repetir o título de melhor marcador de 2013/14, então pelo Dortmund, e 20 do germânico.
Douglas Costa e o ‘miúdo’ Coman foram compensando as ausências constantes de Robben e Ribéry, que falharam inúmeros jogos por lesão, enquanto Vidal, Xabi Alonso e Thiago Alcántara comandaram um meio campo sempre forte.
No setor recuado, as lesões, de Boateng, Javi Martínez, Benatia e do ‘inevitável’ Badstuber, complicaram, mas Guardiola encontrou sempre soluções, com Alaba, ‘pau para toda a obra’, Neuer e Lahm a serem decisivos para a equipa só ter consentido 16 golos, a uma jornada do fim.
O registo defensivo poderá vir a ser o melhor da ‘era’ Guardiola, superando os 18 tentos sofridos na época passada, mas, em termos ofensivos, a equipa bávara não chegará aos 90 tentos de 2013/14 – falta um jogo e 13 golos.
Os bávaros tiveram um início de época perfeito, que acabou por ser decisivo na conquista da prova: 10 vitórias nos primeiros 10 jogos, incluindo 5-0 ao Hamburgo, 3-0 ao Bayer Leverkusen e 5-1 ao Wolfsburgo e ao Borussia Dortmund.
Ao fim de 10 rondas, a vantagem dos bávaros já era de sete pontos e não caiu na seguinte, quando o conjunto de Guardiola cedeu os primeiros pontos, ao empatar a zero no reduto do Eintracht Frankfurt.
A diferença para o Dortmund ainda desceu para cinco pontos, mas nunca mais baixou desse patamar, sendo que chegou duas vezes aos oito e, a partir da 29.ª ronda, fixou-se nos sete.
Pelo meio, os bávaros somaram a primeira derrota à 15.ª jornada, quando perderam fora com o Borussia Mönchengladbach por 3-1, para, à 24.ª, caírem surpreendentemente na receção ao Mainz (1-2). Na seguinte, empataram a zero em Dortmund e ‘encomendaram’ as faixas de campeão.
Depois, foi um ‘passeio’ até ao título, o 26.º do clube de Munique, contra nove do Nuremberga e oito do Borussia Dortmund -, clube ao qual os bávaros querem ir buscar Mats Hummels, depois de já terem ‘roubado’ Götze e Lewandowski.
Na próxima época, e depois de três anos sob o comando de Pep Guardiola, que conquistou outros tantos títulos de campeão da Alemanha, o Bayern vai ser orientado pelo italiano Carlo Ancelotti, o técnico do 10.º título europeu do Real Madrid.