O Vitória de Guimarães falhou o objetivo de atingir a Liga Europa, ao terminar a edição 2015/16 da I Liga portuguesa de futebol na 10.ª posição, com 40 pontos, abaixo do quinto lugar da última temporada, com 55.
Os vimaranenses fizeram uma época irregular, com um mau início, que teve apenas um triunfo nos primeiros 12 jogos oficiais, uma recuperação entre a 11.ª e a 21.ª jornadas, que resultou na subida à quinta posição, e, depois, uma série de 12 jogos sem vencer que ditou a queda para o meio da tabela.
Depois de quatro temporadas com Rui Vitória no ‘leme', a direção liderada por Júlio Mendes recrutou Armando Evangelista, do Vitória B, para orientar a equipa e, em julho de 2015, definiu como objetivos a chegada à fase de grupos da Liga Europa e um novo apuramento europeu.
A primeira meta gorou-se nos primeiros dois jogos da temporada, quando o Vitória ‘caiu' na terceira pré-eliminatória da Liga Europa frente ao Altach, da Áustria, com duas derrotas (2-1 fora e 4-1 em casa).
A má prestação na Europa prolongou-se no início do campeonato e Evangelista demitiu-se após a quinta jornada, quando a turma vitoriana era 13.ª, com seis pontos, sendo substituído no comando técnico por Sérgio Conceição.
O treinador averbou quatro derrotas nos quatro primeiros jogos, incluindo as eliminações da Taça da Liga e da Taça de Portugal, mas, após a paragem de novembro, os vimaranenses somaram, entre a 11.ª e a 21.ª jornadas, um total de 20 pontos, subindo ao quinto posto, com 31.
A primeira vitória desse ciclo, frente ao Boavista, por 2-1, destacou-se pela estreia absoluta de Miguel Silva, guardião de 21 anos que cumpriu os restantes 23 jogos da prova, pela entrada de Otávio, que se assumiu, a partir daí, como ‘motor' criativo da equipa, e pelo regresso aos golos de Henrique Dourado, melhor marcador, com 12, numa época em que o médio Tozé foi a maior deceção, apesar dos 17 jogos realizados.
O empate em Tondela (1-1), na 21.ª jornada, permitiu a subida ao quinto lugar, mas deu também origem à série de 12 jogos sem triunfos, a segunda pior da história do clube, a par de 1970/71 e apenas atrás de 1943/44 (15), que atirou a equipa para o 10.º lugar final, a pior classificação do clube, em conjunto com 2013/14, desde que subiu à I Liga em 2007/08.
Os vimaranenses continuam sem obter dois apuramentos europeus seguidos desde 1996/97, após uma época em que só alcançaram cinco triunfos em casa e em que a fragilidade defensiva foi notória, com 53 golos sofridos, o pior registo do clube desde 1992/93.