Europeu 2012: Espanha iguala 'tri' da Alemanha com maior goleada numa final

Na Polónia e na Ucrânia, palcos da edição 14 do Europeu, ‘La Roja’ repetiu os sucessos de 1964, em casa, e 2008, na Áustria e na Suíça, dois anos depois de conquistar, na África do Sul, o seu primeiro mundial.

A Espanha cumpriu, assim, o quinto ano consecutivo de domínio absoluto no futebol mundial, sendo que, nos anos ímpares (2009 e 2011), o FC Barcelona venceu a Liga dos Campeões, com muito em comum, incluindo Andrés Iniesta, o melhor do Euro2012, Xavi, Busquets ou Piqué.

O final foi em grande estilo, mas os espanhóis nem começaram a ganhar, ficando-se por um empate a um golo face à mesma Itália, com Vicente Del Bosque a apresentar um polémico esquema sem ‘9’, com Fàbregas, que marcou, na frente de ataque.

Nos outros dois jogos da fase de grupos, Del Bosque apostou em Fernando Torres como titular e a Espanha somou outros tantos triunfos, goleando a República da Irlanda por 4-0, com um ‘bis’ do ‘herói’ de 2008, e batendo a Croácia por 1-0.

A Espanha marcou posição nos ‘quartos’, com um 2-0 à França, selado, novamente sem ‘9’, com um improvável ‘bis’ de Xabi Alonso, para, nas ‘meias’, com Álvaro Negredo no ‘onze’, só conseguir superar Portugal no desempate por grandes penalidades (4-2), depois de 120 minutos sem golos.

Os comandados de Del Bosque guardaram, porém, o melhor para o fim: de novo sem ‘9’, golearam a Itália por 4-0, num jogo arbitrado pelo português Pedro Proença, com tentos de David Silva e Jordi Alba, na primeira parte, e dos suplentes Fernando Torres e Juan Mata, na segunda.

Se a Espanha confirmou os prognósticos, a Itália chegou com surpresa à final, conseguindo os feitos de eliminar a Inglaterra, nos penáltis, nos ‘quartos’, e, ainda mais surpreendentemente, a poderosa Alemanha, por 2-1, graças a um ‘bis’ da melhor versão de Mario Balotelli, nas meias-finais.

Os germânicos acabaram por dececionar, ao caírem depois de quatro triunfos em outros tantos jogos, enquanto Portugal falhou o que seria a sua segunda final, oito anos depois, ao cair num desempate em que falharam João Moutinho e Bruno Alves.

Destaque, pela negativa, para a Holanda, que saiu do Europeu com três derrotas em outros tantos encontros, o pior registo de todos, a par da República da Irlanda.

Em termos individuais, e pela primeira vez desde 1992, nenhum jogador superou os três golos, apontados por seis jogadores, o russo Alan Dzagoev, o croata Mario Mandzukic, o alemão Mario Gomez, Mario Balotelli, Cristiano Ronaldo e Fernando Torres, que arrecadou a ‘Bota de Ouro’.

Na fase final do Europeu de 2012, foram apontados apenas 76 golos, à média de 2,45 por encontro, a mais baixa desde a edição de 1996 (2,06).