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Apito Dourado: Liga recusa comentar reunião com Maria José Morgado

Os responsáveis da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) recusam comentar a reunião de quinta-feira com a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, coordenadora das investigações no processo por corrupção ''Apito Dourado''.

O semanário Sol revelou hoje que a LPFP pediu à magistrada acesso às peças processuais para abrir processos disciplinares aos dirigentes e árbitros envolvidos, mas uma fonte do organismo disse à Agência Lusa que nem o presidente da Liga, Hermínio Loureiro, nem o presidente da Comissão Disciplinar, Ricardo Costa, comentam a notícia.

''Estamos a trabalhar serenamente e longe dos holofotes'', limitou-se a afirmar a mesma fonte, sublinhando que Hermínio Loureiro está a ''cumprir o programa'' com que se apresentou às eleições na Liga, no Verão.

Segundo o Sol, o pedido feito por Ricardo Costa à magistrada que coordena as investigações do ''Apito Dourado'' desde finais de 2006 é ''o primeiro passo'' para ''abrir processos disciplinares a todos os dirigentes e árbitros suspeitos de corrupção''.

O jornal acrescenta que, na reunião de quinta-feira, Ricardo Costa pediu ''formalmente o acesso a todas as peças processuais relativas a indícios de corrupção no futebol profissional'', para ''apurar eventuais infracções disciplinares de arguidos no caso''.

Em causa estão presidentes de pelo menos cinco clubes da Liga, como Pinto da Costa (FC Porto), João Loureiro (Boavista), João Bartolomeu (União de Leiria), Aprígio Santos (Naval 1º de Maio) e Rui Alves (Nacional), bem como 11 dos 25 árbitros da primeira categoria, o lote do qual são escolhidos os juízes dos dois campeonatos da Liga.

O Sol acrescenta que a LPFP ''conta com o apoio de Maria José Morgado'' e recorda que ''o Código de Processo Penal permite ao Ministério Público extrair certidão de processos que estejam em segredo de justiça, se estiver em causa o exercício de um poder público disciplinar, como é o caso''.

O semanário acrescenta que ''este entendimento jurídico foi seguido pela actual direcção da Liga, presidida por Hermínio Loureiro, ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, Valentim Loureiro'', que também é arguido no âmbito do processo ''Apito Dourado''.

''A Liga e a Federação têm o dever de defender a isenção da arbitragem e a verdade desportiva. Temos esse objectivo em comum'', disse Maria José Morgado ao Sol, frisando: ''Se existe alguém que não respeitou a verdade desportiva, a Liga e a Federação têm que reagir disciplinarmente - é o princípio da legalidade que está em causa''.

Caso suspenda os 11 árbitros - depois de já ter afastado Paulo Baptista, também suspeito de corrupção -, a LPFP ficaria apenas com 14 juízes disponíveis para dirigirem os 16 jogos semanais dos campeonatos profissionais (Liga e Liga de Honra).

De acordo com o jornal, Hermínio Loureiro e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, já discutiram a possibilidade de, caso seja necessário, se recorrer ao quadro de árbitros de segunda e terceira categoria para os jogos das competições profissionais.

Estes dois quadros de árbitros são geridos pela FPF e Gilberto Madaíl ''terá concordado com a solução''.

LUSA

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