Euro-2016: Seleção adormeceu 'desiludida', mas acordou 'supermotivada'

“Há sempre desilusão, não podemos esconder isso. Estávamos todos em baixo quando chegámos às três da manha. Mal seria se não estivéssemos assim. Mas, de manhã, em conversas informais com os jogadores, já senti que o moral está a subir. Sinto o mesmo empenho, vontade e determinação e vejo a equipa supermotivada para vencer o próximo jogo", afirmou Fernando Santos.

Menos de 24 horas depois do embate com a Islândia, o selecionador português apareceu com surpresa na sala de conferências de imprensa do Centro Nacional de Râguebi, no lugar de Renato Sanches, que tinha sido o jogador anunciado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

“O objetivo não muda nada. Nunca me viram eufórico, mas também não estou do lado oposto. Não passo do oito para o 80. Continuo a estar confiante na minha equipa", disse.

Apesar do empate com a Islândia, Santos lembrou que Portugal continua a depender de si próprio para garantir a passagem aos oitavos de final e vencer o Grupo F e negou que a exibição da sua equipa em Saint-Étienne tenha sido desastrosa.

“Não fizemos uma excelente exibição, não fizemos. Tivemos momentos bons e menos bons. Desastrosa não foi”, considerou o treinador, de 61 anos, acrescentando que o duelo com a Islândia "já acabou" e agora o pensamento é só "Áustria, Áustria, Áustria".

Mesmo assim, Fernando Santos lamentou algumas palavras ditas pelo selecionador islandês, o sueco Lars Lagerback, que na altura visaram Pepe e Cristiano Ronaldo, pondo em causa o profissionalismo e honestidade dos dois jogadores do Real Madrid.

“Mais que os jogadores, os treinadores deviam ter ponderação na questão do fair-play. Deve começar por nós. E o senhor Lagerback antes do jogo não teve um fair-play muito correto”, concluiu.

Portugal passa agora a preparar o encontro com a Áustria, da segunda jornada do Grupo F, que está agendado para sábado, no Parque dos Príncipes, em Paris.