O médio Talisca, emprestado pelo Benfica ao Besiktas, impediu hoje os 'encarnados' de entrarem com um triunfo na fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol, ao apontar o golo do empate 1-1 em tempo de descontos.
O Benfica voltou a realizar uma exibição de duas ‘faces’, à semelhança do que tem acontecido em quase todos os jogos desta temporada, conseguindo uma primeira parte de grande fulgor, cimentada com o golo de Cervi, aos 12 minutos, antes de ceder no segundo tempo e permitir que Talisca, aos 90+3, concretizasse a ‘traição’ e igualasse o encontro.
Ainda sem poder contar com Jonas, Raúl Jiménez e Mitroglou, o técnico Rui Vitória - também ele ausente do banco nesta estreia, a comprimir uma suspensão - lançou Cervi para fazer dupla de ataque com Gonçalo Guedes, enquanto Lindelöf regressou ao ‘onze’, após ter sido poupado frente ao Arouca.
Contudo, a maior novidade entre os ‘encarnados’ prendeu-se com o regresso do guarda-redes brasileiro Ederson, que efetuou o primeiro jogo oficial esta época, depois da lesão que contraiu no decorrer da pré-época.
Já do lado do Besiktas, confirmou-se a mais do que previsível titularidade do internacional português Ricardo Quaresma, bem como do avançado Aboubakar, emprestado pelo FC Porto, ao passo que Talisca começou no banco de suplentes.
O extremo luso foi um dos mais inconformados na formação turca, que foi claramente dominada na primeira meia hora, perante um Benfica dinâmico na construção de jogo e veloz a atacar o último terço.
Desta forma, os ‘encarnados’ capitalizaram a forte entrada e inauguraram o marcador, pouco depois dos 10 minutos: André Horta ‘descobriu’ Salvio nas costas da defesa visitante, o argentino rematou para defesa incompleta de Tolga Zengin e Cervi surgiu rapidíssimo na recarga.
A formação de Istambul era parca em ideias ofensivas e mesmo na defesa ia criando problemas a si própria, sendo que poucas foram as vezes que assustou Ederson na primeira parte, exceção feita a um livre de Quaresma, à passagem da meia hora, que obrigou o guarda-redes benfiquista a aplicar-se.
Apesar de não ter criado assim tantas oportunidades de golo no primeiro tempo, o Benfica até poderia ter saído para o intervalo com uma vantagem mais segura, não fossem as intervenções de Tolga Zengin, primeiro a encaixar um remate de Gonçalo Guedes e, depois, a negar o que seria um grande golo a André Horta.
No regresso do descanso, Senol Günes lançou Talisca e o médio brasileiro acabou por dinamizar o meio-campo turco, naquela que seria a fase de menor fulgor do Benfica, que repetiu um ‘filme’ visto esta época, ou seja, produz muito na primeira parte e ‘quebra’ na segunda.
As ‘águias’ eram, nesta altura, uma equipa pouco esclarecida, que tentava fazer tudo depressa e quase sempre mal, permitindo que o Besiktas se começasse a aproximar da baliza à guarda de Ederson.
Talisca deu o primeiro aviso à hora de jogo, num remate fraco, antes de Ederson evitar males maiores, quando Quaresma surgia isolado e em boa posição para empatar o jogo.
Contudo, a grande oportunidade do Besiktas surgiria pouco depois, com Cenk Tosun a finalizar de forma desastrada dentro da área, quando tinha tudo para fazer a igualdade.
O empate, que parecia cada vez mais certo, poderia ter sido evitado a seis minutos do fim, mas Gonçalo Guedes desaproveitou um enorme erro de Quaresma e prolongou o sofrimento dos mais de 42.000 espetadores que estiveram na Luz.
Já em tempo de compensação, Ederson opôs-se com brilhantismo a um cabeceamento de Marcelo, mas, no minuto seguinte, nada pôde fazer para travar o livre exemplarmente cobrado por Talisca, que ‘roubou’ dois pontos à formação que o emprestou ao Besiktas.
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