O FC Porto caiu hoje nos oitavos-de- final da Liga dos Campeões em futebol, ao perder por 2-1 no reduto do Chelsea, mas os portugueses têm companhia ilustre no adeus à prova milionária: o ''colosso'' FC Barcelona, detentor do troféu.
O clube catalão venceu por 1-0 em Liverpool, na segunda mão da eliminatória, mas os dois golos marcados pelos ingleses em Barcelona (2-1) asseguraram-lhes o sofrido apuramento para a fase seguinte, em conjunto com Chelsea, AS Roma e Valência.
Os espanhóis também capitalizaram os golos apontados no reduto do Inter de Milão, no embate inaugural (2-2), e bastou-lhes hoje o ''nulo'' em Valência para continuar em prova, num jogo que terminou com violentos confrontos entre jogadores e responsáveis das duas equipas.
Em Londres, o FC Porto silenciou Stamford Bridge aos 15 minutos, quando Quaresma inaugurou o marcador, e o campeão português conseguiu mesmo segurar até ao intervalo a magra vantagem, indispensável depois do empate 1-1 concedido no Estádio do Dragão.
O Chelsea nunca ''tremeu'', mas contou para isso com a preciosa ajuda do guarda-redes brasileiro Helton, que ''facultou'' o empate ao bicampeão inglês no arranque da segunda, aos 48 minutos, deixando escapar de forma comprometedora o remate do holandês Arjen Robben.
Com o português Paulo Ferreira em campo (substituiu Diarra aos 65 minutos), juntando-se a Ricardo Carvalho na defesa londrina, a equipa treinada por José Mourinho evitou o prolongamento graças a uma notável combinação de ataque, concluída aos 79 pelo alemão Michael Ballack.
Numa ronda em que os portugueses conheceram sortes distintas, Deco foi o estratego no meio campo do Barcelona, mas o campeão europeu apenas quebrou a resistência do Liverpool aos 75 minutos, com um golo do suplente Eidur Gudjohnson, insuficiente para evitar o afastamento prematuro.
Foi a terceira vez consecutiva que o campeão europeu caiu nos oitavos-de-final, depois de o FC Porto (eliminado pelo Inter de Milão em 2004/2005) e o Liverpool (afastado pelo Benfica em 2005/06) terem tido idêntico destino. ''Mas não vamos dar um tiro na cabeça'', resumiu Deco, com pragmatismo.
O avançado brasileiro Ronaldinho acertou no poste do Liverpool, mas os anfitriões também viram dois remates devolvidos pelos ferros da baliza adversária, na sequência de remates de John Arne Riise e Momo Sissoko.
Em Valência, a emoção ficou guardada da pior forma para depois do apito final, com jogadores e responsáveis a envolverem-se em confrontos, mesmo no túnel de acesso aos balneários, após a agressão inicial de Burdisso a um jogador espanhol, mas foi o defesa do Inter que acabou por fracturar o nariz.
O português Miguel foi totalista na defesa do Valência e Hugo Viana entrou aos 38 minutos para o meio campo espanhol, tal como Figo do lado do Inter, aos 64, mas o médio luso foi tão inofensivo quanto o líder do campeonato transalpino, que precisava marcar, mas apenas por uma vez visou a baliza adversária.
O médio Tiago foi totalista no meio campo do Lyon, mas o pentacampeão francês foi surpreendentemente batido em casa pela Roma, por 2-0, na sequência dos remates certeiros de Totti (22 minutos) e Mancini (44), depois de alcançado um precioso ''nulo'' em Itália, há duas semanas.
Quarta-feira, completa-se a ronda dos oitavos-de-final com os seguintes encontros: AC Milão-Celtic Glasgow (0-0 na primeira mão), Arsenal-PSV Eindhoven (0-1), Manchester United-Lille (1-0) e Bayern de Munique-Real Madrid (2-3).
LUSA