O Vitória de Setúbal venceu hoje pela primeira vez fora de portas, ao bater o Moreirense por 2-1, na 10.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo em que os locais enviaram três bolas aos postes.
O suplente Boateng adiantou o Moreirense, aos 71 minutos, mas tirou a camisola nos festejos e viu o segundo cartão amarelo, uma situação aproveitada pelos sadinos, que, em superioridade numérica, deram a volta ao resultado. André Claro empatou, aos 75, e João Amaral fixou o resultado, aos 84.
O Moreirense iniciou o jogo com o mesmo ‘onze' que venceu em Tondela (2-1), na última jornada, numa convocatória que voltou a incluir seis jogos depois o guarda-redes Stefanovic, recuperado de lesão, enquanto, no Setúbal, Zé Manuel rendeu na equipa inicial João Amaral, titular no empate caseiro (0-0) diante do FC Porto.
Os resultados positivos conseguidos pelas duas equipas na nona jornada e o futebol positivo defendido pelos dois técnicos resultaram numa primeira parte entretida, com mais posse de bola e melhor qualidade de jogo dos sadinos, que privilegiaram os corredores laterais e vigiavam a zona central, anulando, assim, a saída do adversário.
Mais expectantes e pouco pressionantes, facilitando nomeadamente a chegada de bola a Fábio Pacheco e até a Bonilla, que funcionavam como placa giratória na organização ofensiva dos sadinos, os locais envolviam menos gente no processo ofensivo, mas, curiosamente, conseguiam ameaçar mais a baliza contrária.
A bola ao ‘ferro' de Diego Galo, aos 12 minutos, a primeira de três dos locais no jogo, nem é o melhor exemplo, porque resultou de um canto e o central brasileiro até beneficiou de uma deficiente marcação, mas nas poucas vezes que Francisco Geraldes, sobretudo, ganhou a zona central e conseguiu combinar com Podence, o Moreirense assustou Bruno Varela.
A sociedade ‘Podence-Geraldes' mostrou serviço em cima do apito para o intervalo, com Geraldes a servir Podence, na direita, e este a tirar um centro largo que Rebocho, na esquerda, aproveitou para rematar com perigo à baliza dos sadinos.
Nesta espécie de futebol sem balizas, o ‘nulo' ao intervalo era o resultado certo, mas as duas equipas, sobretudo a da casa, regressaram dos balneários com outra disposição.
Mais rápido e com outra mobilidade, Boateng, que rendeu Ramirez, começou a criar mais problemas à defesa sadina, beneficiando do adiantamento de Francisco Geraldes, finalmente sobre o corredor central, e da maior agressividade dos médios.
Aos 71 minutos, Podence tirou um adversário do caminho e serviu Boateng, que surpreendeu a marcação com uma diagonal para o meio, com o avançado ganês, na ‘cara' de Bruno Varela, a inaugurar o marcador.
Boateng arriscou nos festejos e foi expulso por acumulação (viu dois amarelos em quatro minutos), anulando qualquer reação do banco, pois os sadinos, com alguma dose de felicidade, igualaram logo a seguir, aos 75, num remate de André Claro desviado num defesa dos locais.
O jogo ficou partido e o Moreirense, mesmo em inferioridade, ameaçou por duas vezes o merecido empate, mas Diego Galo, pela segunda vez, e Francisco Geraldes acertaram nos postes, antes de João Amaral, a seis minutos dos 90, aproveitar um lance individual de Thiago Santana e bater pela segunda vez Makaridze, fixando o resultado final.
Com este resultado, o Setúbal ascendeu ao sétimo lugar, agora com 13 pontos, enquanto o Moreirense, sem perder há três jogos consecutivos (dois para o campeonato e um, de permeio, para a Taça da Liga, manteve os mesmos oito pontos do Nacional, com a equipa insular já em zona de descida.
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