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A Federação Angolana de Futebol (FAF) destacou hoje o Chapecoense como um clube "abnegado, humilde e sacrificado" que revolucionou o futebol brasileiro, transmitindo "dor e pesar" pelas mortes provocadas pela queda do avião em que seguiam os seus jogadores.
A posição surge expressa numa nota de condolências assinada pelo presidente da FAF, general Pedro Neto, e enviada hoje à congénere brasileira, ao clube Chapecoense e à família das vítimas do acidente de avião que ocorreu em Medellín, na Colômbia.
Na mensagem, Pedro Neto refere que aquele clube deixou "para trás os grandes papões" da modalidade no seu país e que "até provocou uma revolução no 'status quo' do futebol brasileiro, o que não está ao alcance de muitos".
"Essa entrega dos dirigentes, atletas e adeptos do clube ao fenómeno futebol, ficará para sempre nas nossas memórias", lê-se.
"Orgulhamo-nos de ter relações muito próximas e privilegiadas com a Confederação Brasileira de Futebol e a morte de parte da equipa significa uma perda muito grande para o futebol brasileiro e para nós, porque é um ativo que se perde. Hoje, é realmente um dia muito triste para o mundo do futebol", acrescenta a nota de condolências da FAF, enviada à Lusa.
No avião seguiam nove tripulantes e 72 passageiros, entre os quais a equipa de futebol, técnicos e dirigentes, bem como um grupo de jornalistas, numa viagem em que o avião fez escala na Bolívia e despenhou-se antes de chegar a Medellín, na Colômbia.
A aeronave transportava a delegação da equipa brasileira, que iria jogar a primeira mão da final da Taça Sul Americana com os colombianos do Atlético Nacional, em Medellín.
O guarda-redes Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel, o defesa central Helio Zampier Neto, o jornalista Rafael Henzel e dois membros da tripulação foram retirados com vida dos destroços do avião que caiu a cerca de 50 quilómetros de Medellín.
