Declarações após o jogo Tondela - Boavista (1-1), da 14.ª jornada da Primeira Liga.
Petit (treinador do Tondela): “Tivemos um jogo a meio da semana, antes outro na Madeira com viagens e campos pesados, é normal que na segunda parte tenhamos tido uma quebra. Mas o que temos de notar é a reação que a equipa teve, depois de depois resultados e mais uma eliminação da Taça de Portugal: soube reagir.
Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Na primeira parte anulámos completamente o Boavista, fizemos um golo e tivemos mais duas ou três situações que podíamos ter feito melhor no último passe e no remate. A primeira parte é praticamente toda nossa.
Na segunda parte, os primeiros 15 minutos foram equilibrados e depois o Boavista começou a controlar o jogo. Tivemos um percalço, com a saída do Claude [Gonçalves] na primeira parte e entrada do Hélder Tavares, que esteve muito tempo parado e está lentamente a reintegrar-se.
Nos últimos minutos não conseguimos segurar o resultado, mas é um ponto somado. Quem se consegue levantar como levantou depois destes três jogos só tem que olhar em frente, estamos orgulhosos e sabemos que o futuro pode ser risonho trabalhando desta maneira.
Pela segunda parte que fizemos o resultado ajusta-se, mas como jogámos em casa queríamos conquistar os três pontos. Os jogadores fizeram por isso, mas o Boavista também reagiu. Deitámos tudo a perder num ressalto, numa bola parada, aos 88 minutos. As situações que o Boavista tem fomos nós que as demos, mas temos de saudar a atitude da equipa e pensar no próximo jogo onde queremos ir somar mais pontos. Este foi um ponto conquistado, temos de pensar jogo a jogo e todos os pontos são importantes para a nossa caminhada".
Miguel Leal (treinador do Boavista): “Houve duas partes completamente distintas. Na primeira o Boavista muito mal, não fizemos nada do que planeámos, não fomos agressivos, não fomos pantera. Não fomos o que caracteriza o Boavista, pelo menos no querer, porque às vezes há jogos que não saem bem.
A primeira parte, no meu entender, foi desastrosa. Depois foram palavras ditas ao intervalo, mas tenho de assumir responsabilidades, mas há momentos em que qualquer treinador não pode fazer nada. O mal é geral...
Ao intervalo tentámos corrigir, falámos um bocadinho sobre as nossas ideias para o jogo e a equipa começou a crescer. Teve várias oportunidades de golo. O guarda-redes do Tondela muito bem foi adiando, mas felizmente que conseguimos empatar. Não era bem aquilo que nós queríamos, mas atendendo ao que se passou no jogo, com o Tondela melhor na primeira parte, Boavista melhor na segunda parte, o resultado, com um golo para cada lado, tem de se aceitar e pensar no que podemos fazer daqui para a frente.
Na segunda parte conseguimos ter mais bola, atacámos mais pelos corredores, conseguimos ser mais agressivos e melhor posicionados. Com uma ou outra substituição, dando mais critério e isso ajudou. Também penso que o Tondela também acusou algum desgaste e isso funcionou a nosso favor. Fomos ganhando confiança à medida que as oportunidades foram aparecendo, sem jogarmos bem, temos de dizer isso, mas pelo menos muito melhor que na primeira parte.
[Sobre um lance em que reclamaram grande penalidade] Para mim é penálti.
Gostava de deixar uma palavra de apreço aos nossos adeptos, nestes momentos é muito importante que estejamos todos juntos. Viemos de uma série de dificuldades, felizmente já vamos ter mais soluções para a semana. Isso afetou-nos bastante, mas estamos num ascendente e vamos seguir em frente, levantar a cabeça e ficarmos mais fortes".
Lystcov (jogador do Tondela): “Treino muito estes lances [livres diretos], cinco ou dez minutos depois dos treinos.
É a primeira vez que faço um golo bonito como este, se calhar é o melhor golo da minha carreira.
Já estou adaptado em Tondela, temos um bom coletivo, com boas pessoas, que me ajudaram desde o primeiro dia. Tem sido muito bom.
Desconcentrámo-nos nos últimos minutos, mas vamos trabalhar e ganhar o próximo jogo".
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