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PSP e Conselho de Arbitragem admitem medidas adicionais de segurança

O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) elaboraram hoje um plano que prevê a implementação de medidas adicionais de proteção aos árbitros face ao atual clima de tensão.

PSP e Conselho de Arbitragem admitem medidas adicionais de segurança

José Fontelas Gomes e João Ferreira, presidente e vice-presidente do CA, respetivamente, bem como Paulo Lourenço, secretário-geral da FPF, estiveram hoje com vários elementos das forças de segurança numa reunião realizada nas instalações da Direção Nacional da PSP, em Lisboa, convocada depois de serem conhecidas as ameaças a árbitros nos últimos dias.

Na sequência da reunião, que durou pouco mais de uma hora, o intendente Hugo Palma, diretor de Relações Públicas da PSP, assegurou que as autoridades vão "continuar a acompanhar em permanência a situação relativa à segurança de todos os agentes desportivos, designadamente a segurança das equipas de arbitragem", para que estes possam "exercer livremente as suas funções".

Numa mensagem lida sem direito a questões dos jornalistas, foi ainda revelado que a adoção de novas medidas de segurança em torno das equipas de arbitragem "será definida em função da situação geral e da situação concreta de cada árbitro", sendo ainda realizadas "avaliações de risco" em conjunto com outras forças de segurança.

Sem explicitar publicamente que tipo de medidas adicionais estão previstas, a PSP reiterou também o "empenho na prevenção de atos de violência e na responsabilização dos autores" de eventuais factos ilícitos.

"A PSP apela a todos os agentes desportivos e a todos os restantes intervenientes, incluindo público e adeptos, que tenham um comportamento e um discurso responsável e pacífico, que promova o desportivismo", concluiu Hugo Palma.

À saída do encontro, o líder do CA garantiu que "as condições de segurança estão garantidas" neste momento. "Os árbitros estão tranquilos quanto a isso e quanto à segurança das suas famílias", afirmou José Fontelas Gomes, acrescentando: "Estamos plenamente confortáveis com aquilo que foi decidido nesta reunião. Satisfaz-nos o plano que foi traçado".

Apesar das situações de intimidação dos últimos dias, como a que afetou Artur Soares Dias antes de um treino na Maia, na qual terá sido interpelado por dois adeptos, o dirigente reiterou que "os árbitros não têm medo" e que existe confiança no trabalho que está a ser realizado.

"O que os árbitros querem é que as suas famílias estejam seguras, que estejam confortáveis quando vão para um campo de futebol e livres para poder arbitrar o melhor possível", sublinhou, sem deixar de "pedir contenção" aos diferentes agentes nas críticas à arbitragem.

Em relação ao encontro na próxima quarta-feira com os 35 clubes das ligas profissionais, José Fontelas Gomes explicou que será apenas "uma reunião de trabalho". "Somos um Conselho de Arbitragem que gosta de estar próximo, de ser transparente, e essa vai ser uma reunião de trabalho para que os clubes consigam perceber o que vai sendo o nosso trabalho", rematou.

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