Berti Vogts, antigo selecionador da Alemanha, manifestou-se hoje “horrorizado” com o alargamento do Mundial de futebol de 32 para 48 seleções, a partir de 2026, deixando muitas críticas à FIFA.
Vogts, que orientou a seleção germânica entre 1990 e 1998, disse à revista alemã Kicker que estava “completamente horrorizado” com esta decisão “incrível” da FIFA.
“Se pretendem acabar com o Mundial, então que sigam esse caminho. Não entendo. Está já não é o meu Mundial”, disse Vogts, que se sagrou campeão mundial pela ex-RFA, como jogador, em 1974.
Uwe Seller, outro antigo jogador da seleção alemã, também se manifestou contra a ampliação, mostrando o mesmo exemplo seguido para o Campeonato da Europa como “algo que não faz bem ao futebol”.
“Vai tornar-se num aborrecimento e algo que não faz bem ao futebol, como se viu no [último] Europeu [em França, que Portugal venceu]. Era claro que a proposta ia passar para permitir encaixar mais dinheiro”, avaliou o antigo jogador.
O Conselho da FIFA, órgão que substituiu o Comité Executivo, aprovou hoje, por unanimidade, o alargamento da fase final do Mundial, a partir de 2026, para 48 seleções.
A primeira fase da competição vai contar com 16 grupos, de três equipas cada, com as duas primeiras a classificarem-se para a fase seguinte, entrando então num sistema de eliminatórias a partir dos 16 avos de final.
Com este novo formato, o Mundial passará dos atuais 64 jogos para 80, mas continuará a disputar-se durante 32 dias, como sucede atualmente.