Crónica: Belenenses regressa às vitórias e distancia-se da concorrência

O central anotou o golo solitário da partida, aos 72 minutos, e encerrou uma série de cinco partidas dos 'azuis' sem vencer (três para o campeonato e duas para a Taça da Liga), que, assim, conseguem ganhar alguma margem para as restantes equipas que lutam pela manutenção.

Por seu lado, o Rio Ave somou o terceiro jogo seguido sem vencer na I Liga, falhou a aproximação ao Vitória de Guimarães e ainda perdeu o sexto lugar, deixando-se ultrapassar por Marítimo e Desportivo de Chaves.

O Belenenses dominou a primeira parte do encontro, ainda que só tivesse incomodado a defensiva vila-condense através de cruzamentos bem medidos, mas que acabaram por não ter a conclusão pretendida.

Mais uma vez, ficou bem patente o porquê de a equipa de Belém ter o pior ataque da competição, faltando-lhe 'poder de fogo' que capitalize algumas jogadas bem delineadas, como sucedeu, por exemplo, numa má abordagem de Miguel Rosa dentro da área, a desperdiçar um lance que parecia prometedor para os lisboetas.

Antes, já Vítor Gomes e André Sousa tinham tentado a sorte de meia distância, mas em ambos os casos muito longe do alvo, perante um Rio Ave que dependia bastante das iniciativas de Gil Dias, um dos poucos vilacondenses a tentar levar perigo à baliza do estreante Cristiano.

De resto, em cima do intervalo, apenas o acerto defensivo de Nadjack, primeiro, e Rafa Soares, depois, ambos com cortes providenciais, impediu que Fábio Sturgeon e Miguel Rosa adiantassem o Belenenses no marcador.

O descanso parecia ter feito bem ao Rio Ave, que surgiu mais incisivo no arranque da etapa complementar, só que, depois de Heldon ter obrigado Cristiano a intervenção apertada, o Belenenses voltou a tomar conta do jogo, com Miguel Rosa a procurar insistentemente o golo, ora em remates de longe, ora num livre que surpreendeu Cássio.

Pouco depois, o guardião da formação de Vila do Conde quase era 'traído' pelo colega de equipa Roderick, num corte que levou a direção errada e do qual viria a surgir o canto que originou o golo do Belenenses: Miguel Rosa, depois de muito procurar a 'sorte', marcou o lance de bola parada e Gonçalo Silva correspondeu da melhor forma de cabeça.

Em desvantagem, o técnico do Rio Ave, Luís Castro, arriscou e lançou mais jogadores de caraterísticas ofensivas, mas apenas no último minuto viu a sua equipa quase chegar à igualdade, mas ninguém surgiu a desviar com sucesso o cruzamento 'venenoso' de Gil Dias.