Um eficaz Moreirense venceu hoje por 2-0 um irreconhecível Paços de Ferreira, que ainda desperdiçou uma grande penalidade, dando um passo em frente na luta pela permanência, em jogo da 18.ª jornada da Primeira Liga.
A primeira vitória da formação de Moreira de Cónegos na Capital do Móvel para o principal campeonato aconteceu ao sexto jogo e foi materializada com um golo em cada parte, primeiro por Roberto, aos 15 minutos, e depois por Podence, aos 55, antes de Pedrinho, aos 67, desperdiçar uma grande penalidade para os locais.
A merecida vitória do Moreirense encontra explicação na quase total eficácia da equipa, por oposição ao desacerto quase completo dos pacenses, muito permeáveis a defender e praticamente inconsequentes no ataque, permitindo à formação de Augusto Inácio igualar os 17 pontos do Paços, ambos provisoriamente com cinco pontos de desafogo para os lugares de descida.
A saída de bola pertenceu aos locais e nos primeiros minutos a bola andou mais no meio-campo do Moreirense, num domínio inconsequente do Paços, com trocas de bola para trás e para o lado, sem apoio dos laterais e uma tendência para procurar o jogo interior.
Mais na expetativa, o Moreirense conseguiu sempre conter as iniciativas contrárias, pelo meio através de Fernando Alexandre e Cauê, os médios mais posicionais, e nos corredores pelos laterais apoiados pelos alas, rápidos ainda a procurar espaços nas costas da defesa.
Congelado de ideias, o jogo parecia condenado a ser decidido numa iniciativa individual, no melhor cenário, e, em rigor, o Moreirense apenas precisou de um ‘furo' na defensiva pacense, novamente demasiado macia, para chegar ao golo, aos 15 minutos, por Roberto, isolado por Nildo e melhor do que o guarda-redes pacense.
A resposta pacense foi sempre tímida e inconsequente, sublinhada, muitas das vezes, por assobios dos adeptos, valendo apenas Pedrinho, aos 37 minutos, com um remate de fora da área e desviado num defesa, a testar os reflexos de Makaridze, obrigado a uma segunda intervenção mais aplicada na sequência do respetivo canto.
André Leal e Ivo Rodrigues surgiram no ‘onze' pacense na segunda parte, em substituição dos ‘apagados' Mateus e Minhoca, mas a expressão do jogo não sofreu grandes alterações: o Paços continuou ‘carente' de velocidade e o que não conseguia criar no ataque, ‘oferecia' em termos defensivos.
O Moreirense acabou por dilatar a vantagem, por Podence, com um remate cruzado já na área, assistido por Roberto, após passe errado de Ricardo Valente e hesitação, no fim, de Rafael Defendi.
Ivo Rodrigues tentou acelerar o jogo pacense e protagonizou os melhores lances da equipa, mas nem a grande penalidade ‘conquistada', por falta de Diego Galo sobre si na área, deu jeito, uma vez que Pedrinho permitiu a defesa, a dois tempos, de Makaridze.
O Moreirense geriu o resultado e o tempo, permitindo até que Augusto Inácio pudesse poupar alguns elementos, a pensar na final a quatro da Taça da Liga, na próxima semana, num final de jogo de grande contestação por parte dos adeptos locais.
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