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Comissão Administrativa do Vitória de Setúbal demite-se

O presidente da Comissão Administrativa e da SAD do Vitória de Setúbal, Carlos Costa, anunciou hoje à Agência Lusa a demissão dos cargos, por considerar que a providência cautelar interposta por um associado fere a legitimidade dos actuais dirigentes.

As cartas de demissão dirigidas aos presidentes da Mesa da Assembleia Geral, Ilídio Ferreira, e da SAD, António Alves, surgem na sequência da providência cautelar interposta pelo sócio José Aurélio Lopes, que pede a suspensão da nomeação e da posse da Comissão Administrativa.

Nas missivas, Carlos Costa explica que assumiu os cargos ''numa situação de ruptura iminente de tesouraria do Vitória Futebol Clube (VFC) e da SAD'', que alega ser mais grave do que alguma vez imaginou.

A demissão do presidente, com a qual se solidarizaram os outros dois elementos da Comissão Administrativa, Ronald Inácio e Rogério Vaz de Carvalho, foi revelada poucas horas após ser conhecida a existência de uma providência cautelar interposta a 13 de Abril no Tribunal de Setúbal.

Carlos Costa considera que o clube atravessa ''um cenário de sobrevivência dramático'' e que a iniciativa do associado configura ''a existência de soluções para pagar mais de 2,5 milhões de euros de dívida vencida, sem o qual não é possível garantir o futuro imediato do clube''.

Carlos Costa afirma ainda que se disponibilizou para ''servir e unir'', mas acrescenta que não pretende ser obstáculo ao aparecimento de outras soluções, pelo que apresentou o pedido de ''demissão imediata'' da Comissão Administrativa e da SAD dos setubalenses.

José Aurélio Lopes alega que ''a existência de uma Comissão Administrativa não está prevista nos estatutos do clube, mas sim uma Comissão de Gestão ou Fiscalização quando, convocadas eleições, não houver candidaturas''.

Por outro lado, o sócio salienta que, de acordo com os estatutos do clube, a renúncia da anterior direcção ''só produz efeito com a tomada de posse dos sucessores'' e sustenta que a Comissão Administrativa liderada por Carlos Costa é um ''órgão ilegal e juridicamente inexistente''.

Contactado pela Agência Lusa, o presidente da Mesa da Assembleia Geral escusou-se a comentar o pedido de demissão de Carlos Costa, remetendo todos os esclarecimentos para um comunicado que deverá ser divulgado na manhã de sábado.

No entanto, tudo indica que Ilídio Ferreira vai convocar eleições para os órgãos sociais do clube, mantendo-se os três elementos demissionários da Comissão Administrativa em funções de gestão corrente até à realização do acto eleitoral.

LUSA

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