O presidente do Sporting Clube da Guiné-Bissau, Daniel Mango, revelou hoje à agência Lusa que se demitiu das suas funções, na sequência de "clima de difamação e de sabotagem" contra si por parte de um grupo de sócios e dirigentes.
Daniel Mango diz que, apesar de ser 'um grande sportinguista', a sua dignidade está em primeiro lugar, pelo que não poderia continuar na direção do clube perante 'a calúnia e traição' de que era alvo.
O agora ex-presidente do Sporting lembrou que foi eleito 'democraticamente pelos sócios', em janeiro, e tomou posse no mês seguinte, mas ainda nem apresentou o seu plano de trabalho e já é alvo de sabotagem.
Daniel Mango considerou ter sido vítima também de 'perturbações injustificadas', pelo que achou que o melhor seria deixar o lugar de presidente.
Um grupo de sócios tem vindo a questionar a gestão de Mango, a quem acusam de falta de diálogo, de apropriação de bens do clube e ainda de conduzir o Sporting Clube da Guiné-Bissau à segunda divisão.
O grupo, encabeçado pelo sócio Midana Sambú, diz que Daniel Mango mandou dispensar os melhores jogadores do Sporting, alegando falta de dinheiro para os pagar salários e prémios do jogo.
Mango nega aquelas acusações.
O Sporting Clube da Guiné-Bissau será agora dirigido, até novas eleições, pelo presidente da assembleia-geral, Hugo Paquete.